O PAPA E OS JOVENS: Jornadas Mundiais da Juventude


    
Na tarde desta segunda-feira, 20 de novembro de 2023, o seminarista Alexandre Ribeiro apresentou o seu trabalho final de curso em Teologia. A apresentação pública da dissertação «O Papa e os Jovens: Jornadas Mundiais da Juventude» teve lugar no Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa.  
  

 

 

 Uma breve apresentação da dissertação «O Papa e os Jovens: Jornadas Mundiais da Juventude»

            É olhando para os jovens como buscadores de Jesus que a Igreja, e de modo particular os pontífices após o II Concílio Vaticano,  têm procurado provocar os jovens para sucessivos encontros de modo a  estabelecer com eles «uma relação direta, imediata, num registo de confiança, de amizade»[1] para que em conjunto possam vislumbrar um futuro melhor, pois é da juventude que o futuro depende e por isso o Papa alerta para que os jovens estejam «sempre prontos para dar resposta vitoriosa a todo aquele que [lhes] perguntar acerca da esperança que [os] anima».[2]  

            Exemplo destes fenómenos de encontro entre os jovens e os sucessivos Papas são as Jornadas Mundiais da Juventude, que desde 1986 até 2023 já contam com quinze encontros internacionais (em XXXVII edições): 1987 em Buenos Aires (Argentina), em 1989 em Santiago de Compostela (Espanha), em 1991 em Czestochowa (Polónia), em 1993 em Denver (Estados Unidos da América), em 1995 em Manila (Filipinas), em 1997 em Paris (França),  em 2000 em Roma (Itália), em 2002 em Toronto (Canadá), em 2005 em Colónia (Alemanha), em 2008 em Sydney (Austrália), em 2011 em  Madrid (Espanha), em 2013 no Rio de Janeiro (Brasil), em 2016 em Cracóvia (Polónia), em 2019 no Panamá (Panamá); em 2023 em Lisboa (Portugal).

            O ano de 2023 foi muito importante para a comunidade lusófona, porque esta foi a anfitriã da edição XXXVII da Jornada Mundial da Juventude. Esta dissertação «O Papa e o Jovens: Jornadas Mundiais da Juventude» vem apresentar um conjunto de elementos que demostram a importância e a história deste fenómeno que motiva milhares de jovens a deixarem tudo e a partirem apressadamente[3] para uma cidade para se encontrarem com o sucessor de Pedro.

            Para elaborar a presente dissertação, em três capítulos, procurou-se em primeiro lugar, reunir um conjunto de referências bibliográficas e as diferentes mensagens referentes às várias edições das jornadas. Por motivos práticos, restringiu-se apenas às mensagens que dizem respeito às edições internacionais das jornadas, e não às mensagens referentes às jornadas celebradas nas dioceses que acontecem nos anos intercalares às edições internacionais. Para além das mensagens dos Papas, analisaram-se também as homilias proferidas durante as várias celebrações de encerramento.

                        O primeiro capítulo procura apresentar uma génese das jornadas. Na tentativa de descobrir o que motivou o Papa São João Paulo II a instituir na Igreja Católica um dia dedicado à juventude, apresenta-se um conjunto de vivências e experiências da vida do Papa João Paulo II e da própria Igreja que abrem caminho para que o tema da juventude deixasse de ser um tema periférico no discurso pastoral e missionário, e passasse a ser uma prioridade na ação da Igreja.

            No segundo capítulo, analisado as mensagens e as homilias das missas de encerramento das edições internacionais, procura-se apresentar uma breve síntese de modo a realçar a mensagem que os vários Papas pretendem transmitir aos jovens nas diferentes jornadas.

            Por fim, procura-se, com base em algumas obras bibliografias, publicações periódicas e nos media, compilar algumas curiosidades, relatos, peripécias que aconteceram antes, durante e depois das diferentes edições internacionais das Jornadas Mundiais da Juventude.

            Na sua globalidade, esta dissertação procura explanar uma breve história das Jornadas Mundiais da Juventude, bem como as proporções que este acontecimento mundial tem nos jovens, nos países onde é realizada e na sociedade constituindo um verdadeiro «laboratório da fé, um lugar de nascimento de vocações ao matrimónio, à vida sacerdotal e consagrada, um instrumento de evangelização dos jovens e de transformação da Igreja»[4] e do mundo. 


[1] Gian Franco Svidercoschi, Um Papa que não morre: A herança de João Paulo II, trad. Isaías Hipólito (Braga: Apostolado da Oração, 2010), 68.

[2] Joannes Paulus II, «Epistula Apostolica “Dilecti amici”» Acta Apostolicae Sedis 77, nº 7 (1985): 581.

[3] Alusão ao tema das JMJ Lisboa 2013: «Maria levantou-se e partiu apressadamente» (Lc 1, 39).

[4] Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, «Fundamento Teológico», pg 8, acedido a 15 de junho de 2023, https://lisboa2023.org/api/wp-content/uploads/2022/11/Fundamento_Teoloogico_JMJ_Lisboa_2023.pdf.

 [Alexandre Ribeiro,  «O Papa e os Jovens: Jornadas Mundiais da Juventude», pg. 5-6.]

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