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VOZ DO PASTOR: Defende-te do inimigo invisível

     Faz guerra ao Coronavírus (Covid 19), o inimigo invisível de toda a humanidade, com gestos de paz, com palavras de oração, com silêncio de quarentena e com gestos de partilha e solidariedade para com todos, em especial os doentes.
      Temos que multiplicar medidas de isolamento, como meio de travar a propagação do Coronavírus (Covid 19).
      – Continuemos a rezar juntos por todos: doentes, infetados, famílias, os que estão suspeitos ou em quarentena.
Rezemos pelas autoridades e por todos os que cuidam das pessoas doentes e dos idosos nos hospitais, nos lares, nas residências, os sem abrigo.
      Rezemos pelos que vivem sós e com medo, pelas famílias fechadas em casa com os seus filhos, pelos que não podem ir à escola e por todos os que têm de trabalhar para benefício de todos.
      Rezemos… Rezemos todos sem cessar, para que Deus nos livre de todo o mal. Desta pandemia, livrai-nos, Senhor. Livrai o nosso país, livrai a Europa e o mundo inteiro.
      Nós sacerdotes continuemos a celebrar a Eucaristia de forma privada, rezando pelo nosso povo, por todas as vítimas, pelo santo Padre, pelos Bispos, sacerdotes, diáconos e consagrados, pelos leigos, por todos os crentes e por toda a humanidade.
      Pelo telemóvel falemos com quem pudermos. Pela internet e outras tecnologias, dialoguemos, encorajemos, façamo-nos próximos. Criemos proximidade para que ninguém se sinta sozinho.
Em relação aos Sacramentos do Batismo e Matrimónio, se possível, sejam adiados. Se não for possível, celebrem-se de modo digno e com simplicidade, para garantir o cumprimento da lei e a validade canónica, Só com a família e as pessoas necessárias.
      Em relação às Exéquias, devemos tomar medidas de precaução cumprindo as regras propostas pelo Governo e DGS, as orientações da Conferência Episcopal e as da Nota Episcopal da nossa Diocese. Sejamos prudentes, de consciência lúcida, preventivos, respeitando o isolamento social e o encerramento da urna; as pessoas fiquem dispersas pelo lugar sagrado, animando-as na sua dor, na experiência da morte do seu ente querido e no luto vivido, animados na Esperança Pascal que nos é oferecida por Jesus Cristo Ressuscitado vencedor do pecado e da morte.
      As Celebrações sejam dignas, em espírito de fé, breves e de acordo com o previsto no Ritual das Exéquias, para não haver tempo demasiado longo de contacto das pessoas umas com as outras.
Que Deus nos ajude, conforte os doentes, dê o eterno descanso aos defuntos, fortaleça as famílias e a todos nos conceda um espírito de compaixão, de misericórdia, caridade, solidariedade e resiliência.

Viseu, 17 de março de 2020
+ António Luciano, Bispo de Viseu

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