Ocorreu a 24 de setembro, o dia
litúrgico para celebrar a memória da Beata Rita Amada de Jesus, filha
desta Igreja Diocesana de Viseu e Beatificada nesta cidade no Largo da
Sé na tarde de Domingo 26 de maio de 2006, dia inesquecível para todos
nós.
Presidiu ao Rito de Beatificação e à
Solene Eucaristia o senhor Cardeal D. José Saraiva Martins, natural da
Diocese da Guarda, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, e
sendo Bispo da Diocese ao tempo, o atual Bispo de Leiria-Fátima, o
senhor Cardeal D. António Marto. Um dia inesquecível para um tão grande
número de cristãos, Irmãs do Instituto Jesus Maria e José e para tantos
sacerdotes, Diáconos consagrados e jovens que participaram em grande
número numa festa única nestas terras de Viseu.
Falar da grandeza de alma e do
espírito de santidade que esta Fundadora e Religiosa experimentou e
testemunhou na sua vida, não é fácil, mas é útil para o Pastor
Diocesano. Tenho a impressão de que a Beata Rita é pouco conhecida na
Diocese e mesmo fora da Diocese. É um trabalho que todos devemos fazer
sem esquecer as Irmãs de Jesus Maria e José, com as duas comunidades que
têm em Viseu, no restante país e nas comunidades presentes no
estrangeiro.
Quero apresentar o seu caminho
cristão e de santidade a todos batizados. Ela é um modelo para cada um
de nós na fé, no amor a Jesus Maria e José, no amor à Igreja, à família,
à oração do Rosário, na educação das crianças e dos jovens e no seu
estilo próprio de ser mulher, no modelo do ser feminino, do ser cristã e
modelo de vida em pobreza, castidade e obediência.
Ao termos conhecimento, na semana
passada, do assassinato de uma religiosa em São João da Madeira, Diocese
do Porto, veio-me à memória o nome de Rita de Almeida que por essas
terras também andou à procura de ajuda para fazer o seu discernimento
vocacional. Diante da morte desta religiosa e das circunstâncias em que
aconteceu recordo também o que a Beata Rita teve de sofrer por causa de
Jesus. Apresentá-la como modelo, alguém simples do povo, que teve a
ousadia e a coragem de, em tempos tão difíceis para a Igreja, viver a
vocação de forma heroica é para mim um privilégio. Ela ocupa sem dúvida
um lugar de relevo no coração de cada cristão. Foi mulher na sociedade
civil, uma feminista cheia de autenticidade e convicções, uma cristã e
religiosa autêntica que nós devemos imitar neste ano e mês missionário.
Quero pedir a todos que imitemos a sua virtude, que rezemos e peçamos o
dom de um milagre para termos um dia a graça de a ver proposta pela
autoridade da Igreja como modelo para a Igreja universal.
Neste dia quero pedir à Beata Rita
que interceda por todos nós e por esta Igreja da Diocese de Viseu. Que
Ela coloque diante de Deus o nosso pedido de Ele nos conceder cada vez
mais as vocações sacerdotais, missionárias, religiosas e laicais que a
nossa Diocese precisa.
+ António Luciano, Bispo de Viseu
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