Contemplar e lembrar Maria na
glória do céu faz-nos bem ao nosso ser de cristãos e revigora a nossa fé
para acreditarmos na “Palavra de Deus” como Ela.
Maria continua a Sua missão de Mãe
cuidando de cada um de nós, intercedendo por nós, não se esquecendo de
nós a partir da glória que no Céu goza junto de Deus.
Ela é uma Mãe atenta, solícita e próxima
dos irmãos de seu Filho, sempre disponível para vir em auxílio das
nossas necessidades. Ela mostra-nos sempre o seu amor de Mãe. Nós
devemos escutá-la, imitá-la na oração, vivendo as suas virtudes na nossa
vida. Neste mês de agosto, Maria manifesta-nos a grandeza da sua
maternidade e da sua glória nas mais diversas manifestações.
No dia 5 de agosto, a liturgia celebrou a
dedicação da Basílica de Santa Maria Maior em Roma, a primeira igreja
do Ocidente dedicada a Nossa Senhora, com o título de Santa Maria Maior.
Daí derivaram muitas das invocações dadas a Nossa Senhora. Entre elas
ficou célebre o título de “Salus Populi Romani”, “Nossa Senhora das
Neves”… Em Portugal, serão poucas as localidades onde não se celebre,
este mês, as glórias e louvores de Maria expressos nos mais diversos
títulos e expressões. Lembra-nos o Concílio Vaticano II o seguinte: “Com
seu amor de Mãe, cuida dos irmãos de seu Filho, que ainda peregrinam e
se debatem entre perigos e angústias, até que sejam conduzidos à Pátria
feliz. Por isso, a Santíssima Virgem é invocada na Igreja com os títulos
de Advogada, Auxiliadora, Amparo e Medianeira” (LG 62).
No dia 15 de agosto, a Igreja celebra com Solenidade a Assunção de Nossa Senhora ao Céu, em corpo e alma.
É uma Festa que marca profundamente a vida dos cristãos, da Igreja e das nossas comunidades. A Constituição Apostólica Munificentissimus Deus,
do Papa Pio XII, contemplando a santidade, esplendor e glória do corpo
da Virgem Maria, proclama, na Bula do privilégio da Assunção de Maria ao
Céu, o Seguinte: “Assim, a augusta Mãe de Deus, unida de modo
misterioso a Jesus Cristo (…) como suprema coroa dos seus privilégios,
foi por fim preservada da corrupção do sepulcro e, tendo vencido a morte
como seu Filho, foi elevada em corpo e alma à glória do Céu, onde
resplandece como Rainha à direita de seu Filho, rei imortal dos
séculos”.
Vivamos estas festas de Maria, nas
nossas famílias e comunidades, com verdadeiro espírito de fé, de oração e
de ação de graças. Que Maria, lá do Céu junto de seu Filho, nos proteja
para a celebrarmos também no dia 22 de agosto com o título de Virgem
Santa Maria, Rainha. Como Mãe e Rainha, olhe por nós com o seu cuidado
materno e nos ensine a sermos verdadeiros discípulos missionários de seu
Filho, trabalhando incansavelmente pelo maior bem da Igreja e da
Humanidade. Que a Senhora do Altar Mor da nossa Catedral, a Senhora da
Assunção, nos ajude a fazer o caminho da santidade que nos leva à
glória do Céu. A Virgem Santíssima, a Mãe resplandecente de glória,
abençoe os fiéis desta nossa querida Diocese de Viseu, que a Ela nos
confiamos.
+ António Luciano, Bispo de Viseu
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