Mensagem de Ano Novo 2019 de D. Luciano

Para um novo ano...
Jesus o Príncipe da Paz abençoe a Igreja e a Humanidade

Iniciamos o novo Ano de 2019 com as bênçãos de Deus, porque o “Senhor abençoará o seu povo na Paz”. Com a proteção de Nossa Senhora, com o título de Santa Mãe de Deus e Rainha da Paz, que a humanidade tenha um Ano próspero e com paz para todas as nações. Que Maria faça de cada um de nós verdadeiros construtores da paz. Que acabem as guerras, as divisões, os conflitos, as desigualdades e que o mundo em que vivemos se torne um mundo pacífico, como nos ensinam as bem-aventuranças: “Felizes os construtores da paz”. Que a paz se construa no nosso coração, na nossa casa, nas nossas famílias, nas nossas comunidades e em todas as estruturas de responsabilidade do nosso mundo.
Que acabem as guerras, que se construa o verdadeiro diálogo entre as pessoas e os povos e que a humanidade seja uma comunidade de respeito, de verdadeira liberdade, responsabilidade e tolerância. Só de mãos dadas e coração renovado construiremos um mundo novo onde a paz se torne um imperativo ético. Que Deus tenha compaixão de todos nós, dos cristãos perseguidos, dos homens e mulheres vítimas da violência, do ódio, da perseguição, deslocados e longe das suas terras ou sem o aconchego e afeto das suas famílias e das pessoas que lhes querem bem.
Para todos, desejo um ano com muita esperança, muita paz e com respostas positivas aos problemas sociais que mais afligem as pessoas do nosso tempo.
Como nos lembra o Papa Francisco: “A boa política está ao serviço da paz”. Nesta mensagem para o Dia Mundial da Paz, continua: “A política pode tornar-se verdadeiramente uma forma eminente de caridade, sempre implementada no respeito fundamental pela vida e pela liberdade e a dignidade das pessoas”.
Convido os cristãos a rezarmos pelos nossos políticos e governantes, para que eles procurem o maior bem dos cidadãos, promovam a justiça e contribuam, com empenhamento humano e social, para a construção da paz.
Ao olhar para as necessidades, desigualdades e fragilidades do nosso mundo, no horizonte de tantas possibilidades inovadoras, vejo as vulnerabilidades de “250 milhões de migrantes no mundo, dos quais 22 milhões e meio são refugiados”, como lembra o Papa Francisco. Neste vasto mundo que é a “Aldeia Global”, vislumbro os nossos doentes, os nossos reclusos, os mais abandonados e excluídos da nossa sociedade. Tanta gente marginalizada e explorada, tanta violência, tanta falta de paz, tantas famílias a estender a mão e a reclamar a “Alegria do Evangelho” na partilha, na solidariedade, no bem comum.
Com um coração grande e um olhar “Missionário”, proponho a todos um caminho marcado pela fé, pela esperança e pelo amor, numa dedicação, ternura e igualdade para todos, com especial atenção às periferias, às exclusões, onde devemos levar a solicitude de Cristo, o Bom Pastor, o bom Samaritano da humanidade fragilizada e sofredora. Que o Filho de Maria, o Príncipe da Paz, conceda a todas as pessoas de boa vontade a paz e a concórdia tão desejada no nosso mundo.
No nosso agir pastoral, sejamos construtores de um caminho de paz, no progresso social, no desenvolvimento sustentável para todos, na promoção de uma economia de inclusão, favorecendo a todos e introduzindo-os numa nova aprendizagem do amor. Na proximidade com as pessoas, façamos uma verdadeira peregrinação cristã, humanista e de valores de cidadania que nos conduza à verdadeira civilização do amor.
Na busca da dignidade do trabalho humano e da alegria de repartir o pão para todos, respeitemos os Direitos fundamentais da pessoa humana, promovendo os seus valores, o seu respeito e a sua dignidade.
VOTOS DE UM FELIZ E ABENÇOADO ANO DE 2019!
+ António Luciano dos Santos Costa,
Bispo de Viseu

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