“Alegrai-vos e exultai” (Mt 5,12), comigo no Senhor, pelas maravilhas que
Ele operou em favor do seu Povo. “A santidade é o rosto mais belo da Igreja“.
Cristo caminha connosco e surpreende-nos. “Eu estarei sempre convosco até ao
fim dos tempos” (Mt. 28,20), cumpriram-se nesta tarde, aqui na Sé da Guarda,
estas Palavras de Jesus. Agora, posso “partir e servir com aquela atitude de
coragem que o Espírito Santo suscitava nos Apóstolos, impelindo-os a anunciar
Jesus Cristo” (Gaudete et Exsultate nº 129).
A oração é o verdadeiro respiro de Deus nas nossas vidas, e eu senti-o do
modo particular na minha Ordenação Episcopal. Esta leva-nos ao coração de Deus
e trazo coração de Deus à nossa frágil condição humana. Ao rezar ao Pai, “Venha
o teu reino e “seja feita a Tua vontade”, a Igreja reunida entra no coração de
Deus Pai, fonte de vida, de amor e de paz.
Assim foi a oração de
Maria, a serva humilde e fiel, a cuidadora das feridas da humanidade sofredora,
a Senhora da Piedade, que nos ensina a amar e a servir o Seu Filho, o Bom
Pastor, presente na fragilidade do género humano.
Peço
a São José o dom do silêncio prudente e fiel que me ajude a guardar, a administrar
bem a Igreja e a vigiar pela sua unidade e integridade. Que a coragem e o testemunho
dos Apóstolos e de todos os Santos me ajudem a cantar convosco eternamente as
maravilhas do Senhor.
Reitero profunda
gratidão, comunhão, obediência na fé e veneração filial à Igreja, na pessoa do
Papa Francisco, sucessor do Apóstolo São Pedro, que me chamou para fazer parte
do Colégio Apostólico.
Agradeço cordialmente ao Senhor Núncio Apostólico a sua presença amiga e carinhosa
manifestada desde a primeira hora. Peço-lhe que seja portador destes meus
sentimentos de gratidão e comunhão ao Santo Padre.
Um obrigado de filho e irmão ao Senhor D. Manuel Felício, Bispo da Guarda,
ao Senhor D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, ao Senhor D. Ilídio Leandro,
Administrador da Diocese de Viseu, aos meus irmãos Bispos presentes, aos sacerdotes,
diáconos, religiosos(as) consagrados (as), aos seminaristas e leigos empenhados
na vida da Igreja, aos amigos e pessoas de bem.
Às Autoridades civis, académicas, institucionais, militarizadas e outras
aqui presentes, aos representantes dos Meios de Comunicação Social, a todos os
que foram meus paroquianos e colaboradores na Capelania da UBI, Faculdade de
Ciências da Saúde, Hospital da Guarda, no Instituto Politécnico, Escola
Superior de Saúde da Guarda, na Pastoral da Saúde, Associação Católica dos Enfermeiros,
Capelanias Hospitalares, Movimentos e Obras, Associações Académicas e tantas
pessoas amigas que comigo privaram e trabalharam, alunos, professores e colegas
dos vários estabelecimentos de ensino, hospitais, comissões de ética e
instituições, com quem tive o privilégio de trabalhar e com quem muito aprendi.
A
todas as pessoas amigas, conhecidas e anónimas que participaram nesta bela
celebração Eucarística e a todos os que estão unidos espiritualmente um
bem-haja sincero e beirão! Que Deus vos recompense por tanto bem realizado e o
transforme em graça e dom de novas vocações para a Igreja.
Uma palavra de gratidão, de esperança e estima às crianças, adolescentes,
jovens, casais, idosos, frágeis, doentes, abandonados e a todos os que
experimentam a dor e a solidão. Que nunca vos faltem bons cuidadores! Deus
ama-vos muito. Há sempre um receber e um dar. Dai sem medida e sereis felizes!
A comunhão fraterna, a proximidade, a gratuidade e a solidariedade são muito
mais que gestos importantes, são a base sólida de uma sociedade sadia e de uma
Igreja renovada.
À minha família, às
minhas irmãs, cunhados, sobrinhos, sobrinha, aos que não puderam vir, um grande
abraço, tenho-vos a todos no meu coração.
Um bem haja sincero:
Aos meus paroquianos
de hoje e de sempre, aos amigos vindos de tantos pontos do país, aos diocesanos
de Viseu e da Guarda, aos que vieram de Coimbra, conterrâneos de Corgas e de
toda a paróquia de Sandomil;
Ao nosso pároco, o Padre Carlos Dionísio, a todo o arciprestado de Seia,
que comigo louva o Senhor pelo dom da minha Ordenação Episcopal;
À Equipa nomeada pelo
Senhor Bispo para preparar esta belíssima festa com todos os seus membros,
presidida pelo Vigário Geral, Cónego Manuel Pereira de
Matos;
À
paróquia da Sé e de S. Vicente, à Casa Veritas, à Editora Paulus, ao Seminário
Maior e sua Equipa, às Servas de Jesus, às empregadas(os), a todos os que me
manifestaram a sua amizade, oração e presença amiga ao longo deste mês e meio e
nesta semana de tanto trabalho, oração e preocupações;
Ao
arciprestado da Guarda com os seus padres, consagradas e leigos que puseram
tanto empenho e beleza nesta festa e na sua ornamentação, à equipa de liturgia
e paramentaria, ao grupo coral, aos que trabalharam muito, rezaram no silêncio
e clausura, aos doentes e seus cuidadores, aos que estão aqui e aos que não
podem estar.
Um
obrigado do coração a todos. Rezarei sempre por vós ao Senhor, que Deus vos
recompense.
Ousadia, dioceses da Guarda e de Viseu, renovação, força, confiança,
coragem e muita esperança em Cristo Ressuscitado, o Bom Pastor.
Deus está connosco, em
tudo “amar e servir”, eis o desafio feito à Igreja. Deus está connosco e
espera,
com zelo apostólico, a nossa colaboração.
Que Maria, a Virgem
das mãos orantes, a Senhora da
Assunção, guie sempre os nossos passos. “Para maior honra
e glória de Deus”, rezemos: “Fiat Voluntas Tua”.
+ António
Luciano dos Santos Costa, Bispo de Viseu
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