Em entrevista ao Jornal da Beira, D.
Ilídio mostra-se muito alegre pelas três ordenações diaconais e afirma que “os
três novos Diáconos são um contributo muito grande para a Diocese”.
A Diocese de Viseu tem três novos Diáconos que em
breve serão ordenados Sacerdotes. Entre 22 de janeiro e 5 de fevereiro, em três
extremos territoriais da Diocese, o Bispo D. Ilídio Leandro deu posse aos novos
membros do Diaconato que prosseguem o seu caminho rumo à ordenação sacerdotal,
que irá acontecer em 25 junho, na Catedral de Viseu.
Numa breve entrevista, D. Ilídio sustenta a
importância das ordenações de Paulo Domingues, de André Silva e de Paulo
Vicente, enquadrando-as no quadro da renovação da Diocese e na concretização
das estruturas criadas pelo Sínodo.
Qual é a importância destas três
ordenações para a Diocese de Viseu e para a Igreja?
Nos tempos de hoje, ter num ano a ordenação de
três Diáconos que, em breve, serão Sacerdotes, é uma alegria muito grande para
qualquer Bispo e Diocese, dado que nos últimos anos os candidatos ao sacerdócio
têm sido muito poucos. É uma grande alegria ter estes três jovens que se
disponibilizaram a Deus e à Sua vontade para servirem a Igreja como Sacerdotes.
São uma oferta, uma boa nova e uma graça de Deus. Eles serão um contributo
muito importante para a Diocese, porque a maior parte dos sacerdotes que temos
é de uma idade muito avançada e a fragilidade deles começa a trazer certas
limitações.
Como foi a ida a estas três paróquias?
A opção de ir às paróquias foi minha. Ir onde os
novos Diáconos são naturais serviu também para agradecer às comunidades e
dar-lhes a alegria da festa e de um acompanhamento muito próximo, de modo que
todas a pessoas que assim o desejaram puderam participar na celebração de
ordenação e saudar um filho da sua terra, que viram crescer, e que agora se vai
integrar no número dos Presbíteros, dentro de pouco tempo. As comunidades
receberam esta prenda com muita alegria.
Curiosamente, todas elas situam-se na
periferia da Diocese…
Por coincidência, os três Diáconos são de
paróquias de três extremos da Diocese: um é da paróquia de Destriz (Paulo
Domingues), a paróquia mais distante, a caminho de Aveiro; outro é da paróquia
de Canas de Senhorim, no limite da Diocese a confinar com Coimbra (André
Silva); e um terceiro é da paróquia de Moledo, em Castro Daire, a confinar com
Lamego (Paulo Vicente). Como diz o Papa Francisco, é preciso sentir as
periferias próximas de Jesus Cristo, próximas do Seu desejo de responderem
positivamente aos desafios que a Igreja hoje tem.
Os novos Diáconos são também a expressão
de um rejuvenescimento importante para que as novas estruturas criadas surtam
efeito?
Sim, o Sínodo Diocesano precisa de ser
concretizado e para o ser os sacerdotes são essenciais. É necessário que eles
acreditem nas linhas renovadoras que o Sínodo imprimiu à Diocese e que o
concretizem com órgãos de corresponsabilidade e com proximidade com os leigos,
com a formação que é indispensável e cada vez mais se acentua a sua
necessidade.
A Igreja não existe, não vive sem ministérios da
Família, da Vida Religiosa, Sacerdotal. Todos os ministérios são importantes e
essenciais para que a Igreja viva e realizar a missão que vem do seu fundador,
anunciando a boa nova e santificar aqueles que aderem a Jesus Cristo. Os
sacerdotes são indispensáveis dado que são eles que celebram os mistérios
essenciais da fé, concretamente, tornam presente Jesus na eucaristia e, a
partir desta, todos os outros sacramentos.
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