A
Sé de Viseu vai receber uma das maiores fatias do ‘bolo’ de 22,2
milhões de euros que serão aplicados pela Direção Regional da Cultura do
Centro (DRCC) na requalificação de 52 imóveis classificados como
monumentos nacionais.
As
obras que têm decorrido na ‘Igreja Mãe’ da Diocese de Viseu, ao abrigo
do programa ‘Rota das Catedrais’, visam dotar aquele espaço de maior
funcionalidade e conforto. Nesta nova fase serão promovidos trabalhos de
limpeza da fachada, criados acessos a pessoas com mobilidade reduzida e
outros trabalhos de limpeza e de pormenor. Realizados estão já a
cobertura do edifício, a colocação de uma nova instalação elétrica e a
limpeza e requalificação da abóbada da capela-mor e da sacristia.
Até
31 de outubro estão abertas as candidaturas a projetos de intervenção,
conforme apontou Celeste Amaro, diretora regional da Cultura do Centro.
Esta responsável referiu ainda que tal formalidade surge no seguimento
de um acordo entre as seis Comunidades Intermunicipais (CIM) que
integram a região Centro do país (Beira Baixa, Beiras e Serra da
Estrela, Viseu Dão Lafões, região de Aveiro, região de Coimbra, região
de Leiria).
No
caso específico da Sé de Viseu, o Bispo da Diocese, D. Ilídio Leandro,
salientou a “importância das obras já realizadas”, que já são notórias a
quem visita o espaço. O Bispo apontou a relevância das obras e o
simbolismo de elas se realizarem no período em que estão decorridos os
500 anos da Dedicação da Catedral, celebrados no passado dia 23 de
julho.
De
referir que, ainda no âmbito do projeto de intervenções, a janela
manuelina na rua D. Duarte (antiga rua da Cadeia), um outro ícone da
cidade de Viseu, irá também ser alvo de requalificação, estando alocados
para esse propósito a quantia de 68 mil euros.
Novo altar ficará para mais tarde
Fora
do projeto inicial de requalificação da Sé de Viseu ficou a colocação
de um novo altar celebrativo. O existente foi ali colocado na prelatura
do Bispo D. António Monteiro (1988-2004), tendo sido, num período
inicial, alvo de críticas, nomeadamente por parte de vários setores da
sociedade viseense. De qualquer forma, a colocação de um novo altar “não
acontecerá em 2016” como avançou D. Ilídio Leandro ao Jornal da Beira.
“Iremos procurar, passado este período de obras, refletir no que fazer,
elaborar um projeto para transformar a parte celebrativa, o altar da
celebração e da capela-mor, para então fazer uma mudança do plano que
foi introduzido há alguns anos”. O Bispo de Viseu referiu que essa
mudança será feita “de uma forma calma e serena, com a Direção Regional
da Cultura do Centro, com um bom projetista”, para “modificar anulando
aquele projeto instalado no lugar do altar da celebração, e fazer um
novo que se adapte melhor aquele monumento”, concluiu.
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