DIOCESE: Constituições Sinodais realçam importância da “organização” e da “formação”

No âmbito das comemorações jubilares da Dedicação da Catedral de Viseu, serão apresentadas ao público, no próximo sábado, às 14:30, as Constituições Sinodais, fruto do Sínodo Diocesano, que se realizou entre 2010 e 2015. Elas serão a base de toda a dinâmica da Igreja particular de Viseu para os próximos dez anos, servindo de base à realização do Plano Pastoral anual.
As comunidades cristãs, sendo comunidades que “celebram”, necessitam de ser estruturadas organicamente e de proporcionar formação permanente, que acompanhe o crescimento dos indivíduos e dos grupos, ao longo da sua existência. Foi assim que D. Ilídio se expressou, na conferência de imprensa, no final da tarde de ontem, a propósito das celebrações jubilares dos 500 Anos da Dedicação da Catedral, que encerram no próximo sábado. No aspecto da organização, a Diocese foi reestruturada, em termos de Arciprestados, que deixaram de ser dezassete para serem apenas seis, explicou D. Ilídio, acrescentando que as duzentas e oito paróquias, mantendo todas a sua individualidade geográfica, histórica e cultural, passarão a organizar-se em “unidades pastorais”, ultrapassando as dificuldades que a diminuição de população acarreta: uma paróquia que não tenha crianças e jovens não pode ter uma dinâmica de vitalidade crescente. A Unidade Pastoral, explicou D. Ilídio, procura reconfigurar a realidade demográfica e proporcionar ao sacerdote que cuida dessa porção da Igreja diocesana uma forma de dar resposta à sua necessidade de programar, planificar e organizar o seu trabalho em conjunto com os colaboradores que sentem a necessidade de corresponderem ao apelo missionário de Jesus. Outra vertente que as Constituições Sinodais acentuam, lembrou D. Ilídio, é a formação permanente, proporcionada a todos, para que todos sejam capazes de conhecer e interpretar os apelos da sua vocação baptismal. A formação não passa apenas pela catequese da infância e adolescência, mas também por uma formação adulta, estruturada, recordou. A Escola da Fé, estrutura diocesana de formação, para além de organizar e proporcionar um programa de formação especializada para os colaboradores mais empenhados na dinamização das comunidades, procurará formar formadores que, junto das comunidades locais (unidades pastorais) possam “aproximar” a formação daqueles que a sentem como necessidade. A família ganha importância especial na formação cristã dos seus membros, lembrou D. Ilídio, acrescentando que toda a formação deverá encaminhar o crente para uma atitude de natural corresponsabilidade, tanto na celebração da fé, como na prática da caridade, através de uma atitude de permanente voluntariado, para que a ninguém falte o essencial para viver com dignidade.

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