O Tesouro de Arte Sacra, também conhecido como
Tesouro-Museu da Catedral de Viseu, foi criado pelo Decreto-Lei nº
20.803, de 21 de janeiro de 1932, para nele serem “incorporados todos os
objetos respeitantes ao culto ou a ele destinados que se encontram
incorporados no Museu Grão Vasco e sejam provenientes da Sé de Viseu.”
Integrado na Catedral, o espaço de exposição do
Tesouro localiza-se no segundo piso, compreende o coro-alto e três salas
situadas numa das alas do claustro superior, entre as quais a Sala
Capitular. A estas áreas de exposição associam-se mais dois espaços,
particularmente interessantes do ponto de vista arquitetónico, mas
também por constituírem miradouros, a partir dos quais se pode fruir de
uma vista panorâmica sobre a cidade de Viseu em diferentes perspetivas,
numa abrangência urbana e natural. Dependendo da hora do dia e das
condições atmosféricas estes dois locais convidam a parar, a estar e a
observar o encanto e a beleza da cidade.
A realização das obras, no âmbito da Rota das Catedrais, determinou a
necessidade de encerramento temporário deste espaço museológico desde
outubro, bem como a sua desmontagem parcial, para que fosse possível a
execução dos trabalhos de conservação e restauro ao nível da abóbada,
bem como a remodelação do sistema elétrico da Catedral. Terminadas as
obras encontram-se a decorrer os trabalhos necessários à sua reabertura,
particularmente ao nível da requalificação da narrativa expositiva, bem
como da introdução de melhorias ao nível da iluminação, da sinalética e
da vigilância.
Este equipamento enquadra peças de particular valor artístico, de
diversas tipologias e períodos que vão desde o século XII até ao século
XX. A importância de alguns dos objetos artísticos expostos justificou
que já tivessem sido solicitados para integrar exposições em Londres,
Nova Iorque, Sevilha, Madrid, Silos, Bruxelas, Lisboa, Porto, etc. A
coleção exposta, não obstante seja constituída por peças de arte sacra,
não constitui objeto de interesse apenas para a comunidade católica. O
valor artístico das peças, a sua importância no quadro das técnicas
artísticas e da evolução das formas estéticas, imputam a este Museu
absoluta relevância no panorama das instituições culturais da Região
Centro.
Trata-se de um Museu que, pela sua integração no edifício mais visitado
da cidade de Viseu, a Catedral de Viseu, poderá assumir-se como mais um
recurso estratégico para aumentar o índice de visitantes e atrair novos
públicos ao Centro Histórico da cidade de Viseu. A sua localização,
imputa-lhe um elevado índice de atratividade, tanto para a comunidade
local, como para a nacional e internacional.
Paralelamente, está a ser instalado um espaço de acolhimento /loja,
localizado no lugar do antigo batistério; à entrada da Catedral, no
alinhamento da torre esquerda. Trata-se uma sala que se encontra
encerrada ao público, apesar de constituir um espaço de relevância
artística, particularmente devido aos painéis de azulejos barrocos, do
século XVIII. Esta área constituirá um espaço de acolhimento ao
visitante, onde serão proporcionadas informações sobre a Catedral,
horários, celebrações, marcação de visitas orientadas à Catedral e ao
Museu, venda de ingressos para o Museu, etc. Serão disponibilizados aos
visitantes um leque de objetos de conceito religioso, bem como outros,
com a identidade da Catedral e/ou do Museu e as edições da Diocese,
nomeadamente catálogos das exposições e a História da Diocese.
A reabertura do Museu e a inauguração do Espaço de Acolhimento/Loja,
estão previstas para o dia 23 de julho, no âmbito das celebrações
jubilares dos 500 anos da dedicação da Catedral de Viseu.
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