DIOCESE: 5ª Feira Santa – Missa Crismal 2016

À semelhança de Jesus, o Messias e Enviado do Pai, cada sacerdote deve assumir como sua a missão do “servo ungido e enviado para realizar a salvação”, aceitando o seu pleno cumprimento, recordou D. Ilídio na celebração desta manhã de Quinta-feira Santa.
“Porque não se atingiu o pleno mas há uma distância entre o “já” e o “ainda não” salvífico, é a nós sacerdotes, ungidos e enviados, hoje e neste tempo, a quem cabe continuar a realizar esta missão salvadora de Jesus”, recordou D. Ilídio. E insistiu - “Estamos aqui – os membros do Presbitério desta Igreja em Sínodo e em Jubileu e a celebrar o Ano Santo da Misericórdia – a renovar a nossa consagração e a oferecer-nos, na alegria do nosso primeiro SIM. Queremos renovar este SIM, em comunhão com os 2 irmãos que, neste ano, celebram 25 anos de sacerdócio: Pe. António Pereira Felisberto e Pe. Manuel José de Matos Clemente, a quem estamos unidos e saudamos e por quem rezamos fraternalmente”. D. Ilídio lembrou também “todos os nossos irmãos sacerdotes que sofrem, por doença ou por qualquer acontecimento que os marcou nestes dias”, como acontece com o Cón. Jorge Seixas, a quem ontem faleceu o seu irmão e “por quem, hoje, às 14,30, rezaremos, em Lordosa, no dia da sua sepultura”. “Os Sacramentos do Batismo e do Crisma e a Unção dos doentes são Sacramentos pelos quais o Espírito Santo, através do nosso ministério, unge os cristãos, tornando-os capazes de integração na plenitude de Cristo e na Igreja. E os outros Sacramentos que consagram os novos esposos e perdoam todos aqueles que, por fraqueza, falham nos compromissos assumidos, também procedem daqui, da Páscoa do Senhor”, recordou D. Ilídio. Lembrando a importância do descanso retemperador, D. Ilídio lembrou aos sacerdotes que “todas estas tarefas causam fadiga e, citando o Papa Francisco: «O cansaço dos sacerdotes! Sabeis quantas vezes penso nisto, no cansaço de todos vós? Penso muito e rezo com frequência, especialmente quando sou eu que estou cansado.
 Rezo por vós que trabalhais no meio do povo fiel de Deus, que vos foi confiado... E o nosso cansaço, queridos sacerdotes, é como o incenso que sobe silenciosamente ao Céu. O nosso cansaço eleva-se diretamente ao coração do Pai». E convidou, “cada um e incluo-me também, a receber o sábio e experimentado conselho do Papa para o descanso: «Tenhamos bem em mente que uma chave da fecundidade sacerdotal reside na forma como repousamos e como sentimos que o Senhor cuida do nosso cansaço”. Aconselhando a “organizar e hierarquizar os compromissos, de acordo com a liturgia de hoje: levar a Boa Nova aos pobres, anunciar a libertação e a cura, dar a liberdade aos oprimidos e proclamar o ano de graça do Senhor; cuidar daqueles que têm o coração despedaçado e consolar os aflitos… preparando-os “para viverem como cristãs empenhadas na comunidade e no mundo; acolher e ouvir a todos, atenta e paternalmente, nos temas e problemas que trazem; acompanhar quem se prepara para o casamento ou quem tem problemas na família; ouvir os jovens e ajudá-los a encontrar um sentido feliz para a vida; visitar os doentes e acolher os pobres e dar-lhes alento e coragem nas dificuldades; ir ao encontro dos que andam nas periferias da Igreja, da família e da vida; preparar bem o Domingo e a sua celebração festiva; fazer-se encontrar pelos que nos procuram para falar, para se reconciliarem ou pedirem ajuda em momentos difíceis; estarmos com as famílias que sofrem a perda de uma pessoa querida…” – um programa de acção que o Bispo propôs aos seus sacerdotes, para cumprir “na entrega e na proximidade ao povo fiel de Deus, o que, certamente, nos cansa mas, também, nos alivia e realiza… Este, como diz Francisco, é o cansaço bom…” Diante da cena do lava-pés, D. Ilídio acentuou que “o cansaço do seguimento de Jesus «é lavado pelo próprio Senhor para que nos sintamos no direito de ser e viver «alegres», «satisfeitos», «sem medo nem culpa» e, assim, tenhamos a coragem de sair e ir, «a todas as periferias até aos confins do mundo», levar esta Boa Nova aos mais abandonados, sabendo que «Ele estará sempre connosco até ao fim dos tempos». E terminou incentivando a que “saibamos aprender a estar cansados, mas com um cansaço bom!»


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