A propósito da Semana
Cáritas, que começou ontem, uma Nota Pastoral de D. Ilídio Leandro
aponta “um novo plano, uma nova finalidade e uma nova exigência para a
Cáritas diocesana":
Nota Pastoral
«Cáritas: Coração da Igreja no Mundo»
«Cáritas: Coração da Igreja no Mundo»
Celebramos a Semana Cáritas nos próximos dias 21 a 28 de
Fevereiro. Com tema muito especial e, sem dúvida, muito atual que
implica toda a Igreja e todos os cristãos - «Cáritas: Coração da Igreja
no Mundo». Para nós – cristãos da Igreja de Viseu – é um eco, concreto e
audível, da concretização de um dos Documentos fundamentais estudados
no Sínodo Diocesano – Gaudium et Spes.
Olhando e amando o Mundo com toda a sua carga existencial e real,
sentimos a atualidade do ser cristão, semeando, com o testemunho
concreto, valores libertadores, transformadores e salvadores, que não
podem deixar de ser cristãos. Estes valores, encarnados e vividos por
pessoas reais, são destinados a ser a revelação do amor de Deus – terno,
próximo, misericordioso e amigo. Neste ano especial da Misericórdia,
mais nos é pedido que tornemos presente, na nossa vida e nas nossas
relações, a forma concreta e próxima do amor de Deus.
Na nossa Diocese, depois de terminado o exercício sinodal, temos um novo
plano, uma nova finalidade e uma nova exigência para a Cáritas
diocesana – tornar ainda mais explícita e real a caridade de Deus por
todos, a começar pelos mais pequenos, mais pobres, mais desfavorecidos,
mais idosos, mais sós e mais simples. Sem deixar alguém para trás,
querendo caminhar e mostrar o caminho a todos, queremos mostrar como
Deus ama a todos e como chama a todos a viver uma bela experiência que
proporcione uma vida feliz.
Para tudo isto, convidamos cada pessoa a ser uma expressão viva e feliz
deste Coração. Desejamos que cada uma sinta o seu a bater ao ritmo do
coração de Jesus e do coração da Igreja, sempre que seja necessário ir
ao encontro de quem sofre, em qualquer situação em que alguém precise de
um irmão. Muitas vezes, a forma de o nosso coração bater com o outro e
pelo outro, é viver o sentido e o gesto da partilha e comungar com o
outro o mesmo Jesus que é cheio de amor para com quem O invoca.
Então, pede-se que os olhos e os ouvidos do coração estejam muito
atentos às pessoas e às suas necessidades. Podemos, como S. Pedro, não
ter emprego nem outras coisas muito avultadas para dar… Porém, do que
temos, não deixemos de partilhar, generosa, efetiva e afetivamente e com
alegria, com aqueles que mais precisam. Connosco, eles podem ser mais
felizes e sentir menos a injustiça da vida, do mundo e da história
recente que vivemos. Não deixemos ninguém, caído e só, à beira do
caminho!
Bispo Ilídio
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