Depois de cinco meses de restauro e a tempo da celebração dos 500 anos da dedicação do monumento
A Sé de Viseu, que este ano assinala
500 anos da sua dedicação, vai reabrir ao público em março com uma face
renovada, depois de cinco meses de obras de restauro orçadas em cerca de
2,4 milhões de euros.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o deão do cabido da Sé de Viseu,
cónego Manuel Matos, apontou como prazo “a altura das celebrações
pascais” e destacou a importância desta intervenção para a vitalidade
religiosa e social da região.
“A Sé acaba por ter um número muito grande de visitantes, estamos no
centro da cidade, é o núcleo histórico de Viseu, concentram-se aqui a
Sé, o Museu Grão Vasco e do outro lado a Igreja da Misericórdia (…) Todo
este conjunto acaba por ser um polo centralizador de muita gente,
portugueses mas também muitos estrangeiros”, salientou.
Esta quinta-feira, a Diocese de Viseu promoveu uma visita às obras de
restauro da Sé, que começaram em outubro e envolveram intervenções ao
nível da cobertura exterior, da abóboda e da nave central do monumento, e
ainda o arranjo da sacristia.
Esta última parte ainda deverá levar mais algum tempo, pelo menos “até abril”, adiantou o cónego Manuel Matos.
Estimado em cerca de 2,4 milhões de euros, o restauro da Sé está
inserido no projeto “Rota das Catedrais”, que tem congregado a Igreja
Católica e o Estado na preservação e revitalização destes monumentos
religiosos, em várias dioceses do país.
Os trabalhos, que levaram a que a Sé só reabrisse neste período para
algumas celebrações mais significativas, estão a ser financiados em 80
por cento por fundos comunitários do Quadro de Referência Estratégica
Nacional.
Os restantes 20 por cento foram assumidos em partes iguais pela Direção-Geral de Cultura e pelo Cabido da Sé de Viseu.
A Diocese de Viseu vai comemorar a 23 de julho os 500 anos da dedicação
da Catedral local e assinala também em 2016 os 500 anos da Santa Casa
da Misericórdia e os 100 anos do Museu Grão Vasco.
O cónego Manuel Matos destaca a feliz coincidência que representa esta
“junção dos jubileus”, num ano também marcado pelo Jubileu da
Misericórdia proposto pelo Papa Francisco a toda a Igreja Católica.
Neste âmbito, “a maior parte dos arciprestados da diocese já estão a
preparar peregrinações jubilares aqui à catedral”, recordou.
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