Francisco presidiu a Missa da solenidade da Epifania, o Dia de Reis, e sublinhou importância da «Luz»
O Papa presidiu hoje no Vaticano à Missa da solenidade da Epifania, o tradicional Dia de Reis, na qual afirmou que a humanidade tem de aprender com os Magos a reconhecer os “sinais de Deus”.
“Somos chamados, sobretudo num tempo como o nosso, a procurar os sinais
que Deus oferece, sabendo que se requer o nosso esforço para os
decifrar e, assim, compreender a vontade divina”, declarou, na homilia
da celebração que decorreu na Basílica de São Pedro.
Falando do episódio da adoração dos Magos, relatado pelo Evangelho
segundo São Mateus, como uma “lição”, Francisco convidou todos a seguir a
“luz” que Deus oferece e a adorar Jesus “com todo o coração”.
“Ofereçamos-Lhe como presente a nossa liberdade, a nossa inteligência, o
nosso amor. Reconheçamos que a verdadeira sabedoria se esconde no rosto
deste Menino”, apelou.
Segundo o Papa, os Magos representam as pessoas dos quatro cantos da terra que são “acolhidas na casa de Deus”.
“Como os Magos, ainda hoje, há muitas pessoas que vivem com o ‘coração
inquieto’, continuando a questionar-se sem encontrar respostas certas.
Também elas andam à procura da estrela que indica a estrada para Belém”,
acrescentou.
Neste contexto, Francisco observou que as figuras popularmente
conhecidas como ‘reis’ souberam “perscrutar o grande livro do céu” para
encontrar uma resposta às suas questões, encontrando “o rei dos judeus
numa pobre casa de Belém”.
“É aqui, na simplicidade de Belém, que a vida da Igreja encontra a sua
síntese. Aqui está a fonte daquela luz que atrai a si toda a pessoa e
orienta o caminho dos povos por sendas de paz”, precisou.
O Papa começou por refletir sobre a vocação missionária da Igreja, que
tem de levar ao mundo a “verdadeira luz” de Jesus Cristo.
“Anunciar o Evangelho de Cristo não é uma opção que podemos fazer de
entre muitas, nem é uma profissão. Para a Igreja, ser missionária não
significa fazer proselitismo; para a Igreja, ser missionária equivale a
exprimir a sua própria natureza: ser iluminada por Deus e refletir a sua
luz. Não há outro caminho”, sustentou.
Durante a cerimónia, seguindo a tradição, foi anunciada a data da
Páscoa deste ano (27 de março) e as festas litúrgicas que lhe estão
associadas - como o dia de Cinzas (10 de fevereiro), no início da
Quaresma, ou o Corpo de Deus (26 de maio) - e o início do tempo do
Advento (27 de novembro), que antecede o Natal.
No momento da oração universal, foram apresentadas preces em várias línguas, incluindo o curdo.
A Epifania, palavra de origem grega que significa ‘brilho’ ou
‘manifestação’, celebra-se sempre a 6 de janeiro nos países em que é
feriado civil; nos outros países, assinala-se no segundo domingo depois
do Natal, como aconteceu em Portugal, no último dia 3.
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