No próximo domingo
assinala-se o 1.º de novembro, data em que se celebra o Dia de Todos os
Santos. Com a data a não ser ainda considerada feriado (o regresso
deverá acontecer em 2017), serão muitos os que irão aproveitar o fim de
semana e este dia para fazer a tradicional visita, no cemitério, aos
seus entes queridos falecidos.
Independentemente da crença de
cada um, sobre o que virá a seguir à morte, a verdade é que esse é um
estádio por que passamos todos e algo que encerra um ciclo. Porém,
depois de a morte chegar o que se poderá fazer? Há várias formas de
finalizar o rito, desde o ato de sepultar em terra, de colocar em
jazigo, ou de cremar.
O tema da cremação foi introduzido pelos liberais, na sociedade portuguesa, no século XIX, mas o primeiro crematório só abriu portas em 1925. O de Viseu é bem mais recente. Abriu há três anos, em 30 de outubro de 2012, no cemitério novo, e já foram efetuadas várias dezenas de cremações. A primeira aconteceu em 19 de novembro, três semanas depois de o espaço abrir portas. José Ferreira, da Agência Funerária Viseense, foi quem tratou do serviço fúnebre daquele que inaugurou o forno, e que foi o primeiro a repousar no Jardim da Memória, um relvado contíguo ao crematório. Ali estão depositadas, em urnas próprias, as cinzas de pessoas que preferiram permanecer no interior do cemitério. Há ainda um outro espaço, ali ao lado, onde poderão ficar as cinzas. São os columbários, pequenos caixotões onde as cinzas das pessoas estão guardadas. Mas há uma terceira via para as cinzas que seguem o desejo de quem decidiu ser cremado e que escolheu em vida o local onde pretende que as suas cinzas fiquem ou sejam espalhadas, como referiu Nuno Oliveira, da Beira Cruz, uma empresa de Miranda do Corvo que gere o crematório de Viseu.
Desde o início do século XXI já abriram vários crematórios em Portugal.
Atualmente são cerca de 20, de norte a sul do país, incluindo os
arquipélagos. O crematório de Viseu é um dos mais recentes, mas muitas
das cremações ali feitas são de pessoas não residentes no concelho. Há
mesmo registo de casos de pessoas, entretanto falecidas, pertencentes a
outros distritos fronteiriços de Viseu que não dispõem desse serviço
fúnebre, como Vila Real, Bragança, Guarda, e Castelo Branco, cujas urnas
se deslocam ao cemitério novo, em Santiago, para ali serem cremadas. O tema da cremação foi introduzido pelos liberais, na sociedade portuguesa, no século XIX, mas o primeiro crematório só abriu portas em 1925. O de Viseu é bem mais recente. Abriu há três anos, em 30 de outubro de 2012, no cemitério novo, e já foram efetuadas várias dezenas de cremações. A primeira aconteceu em 19 de novembro, três semanas depois de o espaço abrir portas. José Ferreira, da Agência Funerária Viseense, foi quem tratou do serviço fúnebre daquele que inaugurou o forno, e que foi o primeiro a repousar no Jardim da Memória, um relvado contíguo ao crematório. Ali estão depositadas, em urnas próprias, as cinzas de pessoas que preferiram permanecer no interior do cemitério. Há ainda um outro espaço, ali ao lado, onde poderão ficar as cinzas. São os columbários, pequenos caixotões onde as cinzas das pessoas estão guardadas. Mas há uma terceira via para as cinzas que seguem o desejo de quem decidiu ser cremado e que escolheu em vida o local onde pretende que as suas cinzas fiquem ou sejam espalhadas, como referiu Nuno Oliveira, da Beira Cruz, uma empresa de Miranda do Corvo que gere o crematório de Viseu.
D. Ilídio Leandro: Entre a sepultura e o crematório
Qual é a posição oficial da Igreja em relação à cremação?
A posição oficial é não ter posição. Isto é, não considera que seja moral ou teologicamente mau, negativo, alguém proceder ou querer a cremação se isso não envolve a atitude contrária à fé na ressurreição e na vida para além da morte, e à fé no respeito para com o cadáver, neste caso as cinzas, que são representativos ou significativos da pessoa que acaba de falecer. A Igreja respeita aqueles que optam por essa forma de dar sequência à morte dos seus entes queridos.
No caso da cremação há uma mudança na tradicional visita aos cemitérios…
No caso da cremação, a Igreja pede que sejam respeitadas as cinzas. Em alguns cemitérios já há a possibilidade de as cinzas serem guardadas em gavetões e aí serem respeitadas e preservadas. A Igreja, quanto a isso, não tem a ver com o lugar ou a forma. Agora, tem a ver com o respeito humano para com as cinzas das pessoas que, pela morte, são chamadas e destinadas à ressurreição e à vida eterna.
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