DIOCESE: Caminho de Santiago 'cresce' 100 km na região de Viseu

Cada caminhante tem o seu ritmo, e um demora mais tempo a fazer o mesmo caminho do que outro. O caminho de que se escreve é considerado uma peregrinação.
Trata-se do Caminho de Santiago, que termina na catedral de Santiago de Compostela, Galiza, no extremo noroeste de Espanha. E faça-se por fé ou por simples prazer, ele é entendido como uma experiência de vida, como referem tantos e tantos que já o realizaram.
No passado 25 de julho, dia dedicado a Santiago Maior, foi inaugurado um novo trajeto do Caminho de Santiago, na região de Viseu, que constituiu mais uma oportunidade para aumentar essa experiência de vida. Em sete jornadas, liga o interior ao litoral português, num traçado a rondar os 100 quilómetros e cruza sete concelhos. Começa-se em Viseu, no Caminho Português Interior de Santiago, e à sétima jornada atinge-se Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, prosseguindo-se no Caminho Português que vem do sul. Pelo meio, atravessam-se os concelhos de Tondela, de Vouzela, de Oliveira de Frades, de Sever do Vouga, e de Águeda, sendo que estes dois últimos pertencem ao distrito de Aveiro. Os municípios envolvidos neste projeto já investiram vários milhares de euros, de forma a recuperar um caminho que foi percorrido pelos antigos.
Este percurso do Caminho de Santiago é encarado como uma boa oportunidade de projetar turisticamente a região, como aponta Rui Ladeira, presidente da Câmara Municipal de Vouzela, com o pelouro do Turismo, referindo-se a este novo trilho como “um fator de desenvolvimento e dinamização da região”.
O cruzamento de sete concelhos pelo peregrino oferece-lhe um conjunto de propostas de património material e imaterial que poderá conhecer. Assim salienta Odete Paiva, vereadora do município de Viseu, com o pelouro do Turismo, que sugere também que o Caminho de Santiago é “uma experiência espiritual”.
Apesar de já ser possível percorrê-lo, este novo Caminho de Santiago não está totalmente pronto e ainda apresenta algumas falhas, reconhecidas pelas próprias autarquias que o apresentaram. Uma delas é a falta de albergues em que os peregrinos possam pernoitar, entre as jornadas. Neste ponto, o vereador do Turismo, da autarquia de Tondela, Pedro Adão, sustenta que há intenção de abrir um albergue em Santiago de Besteiros. Também Oliveira de Frades pretende abrir um albergue em Reigoso.
A criação de albergues e de outras estruturas de apoio aos peregrinos, ao longo do Caminho, já está a ser alvo de análise, para candidatura ao novo Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020.

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