EPIFANIA: D. Ilídio destaca sentido missionário dos Reis Magos

D.Ilídio alertou quem vive a fé com “certezas e obrigações a impor” em sentido contrário aos Reis Magos, porque na barca que é a Igreja “todos” são “tripulantes”.
      “Com os Magos, somos chamados a procurar a verdade – a Pessoa – que dá sentido à nossa vida, percorrendo a viagem da grande aventura que cumpre a esperança, que segue a luz, que evita a mediocridade, que faz viver a mensagem”, disse D. Ilídio Leandro, na catedral, este Domingo, na homilia da Epifania.
      D. Ilídio explicou que em Deus “nunca se justificam” guerras, exclusões, ódios, racismos ou domínio de povos ou interesses de qualquer género que “ponham em causa a justiça, o amor a fraternidade, a salvação e a vida de todos”.
Ele assinalou que esta solenidade celebra o “universalismo cristão na ação missionária da Igreja”: “Destina-se a todo o mundo, como anúncio da Boa Nova da justiça, da verdade, do amor”.
“É a globalização do Natal de Jesus e do projeto salvador de Deus”, observou, pedindo que deste Natal fique o “desejo de ir a Belém”.
    “O caminho está obstruído e quase escondido com natais desfigurados a esconder o Menino do Presépio”, alertou D. Ilídio para quem o Natal de Jesus tem “fascínio e atualidade surpreendentes”.
Esta Eucaristia, na catedral de Viseu, foi também um momento de Ação de Graças pelos 50 anos de presença das religiosas Combonianas em Portugal, em Viseu desde 1 de janeiro de 1965.
      Atualmente são cerca de 50 as religiosas portuguesas e estão presentes em Viseu, Porto e Lisboa.
Na homilia da Epifania, e neste contexto, o prelado revelou que sempre admirou a vocação missionária “tão parecida com a aventura” dos Reis Magos “inquietos pelo desejo de saber e de encontrar a Verdade que dá sentido à vida”, seja em Belém, Moçambique, Síria, China ou qualquer outro destino.
      D. Ilídio Leandro assinalou que no campo oposto existe Herodes e a sua corte onde se incluem “fazedores de tantas escravaturas” que “não têm novidades” a procurar, caminhos a percorrer mas “certezas e obrigações a impor”.
      Segundo o bispo de Viseu, para estas pessoas a religião é vivida como “algo que os defende e protege”, é a sua “salvação” e ficam “inquietos” pela possibilidade de “perder poder e privilégios”.
“Tristíssima e muito comum atitude interior de tantos cristãos do nosso tempo”, acrescentou.

G.I./Ecclesia:CB

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