Iniciativa insere-se na campanha «10 Milhões de Estrelas - Um Gesto pela Paz» 2014
A Cáritas Portuguesa convida os
portugueses a acenderem uma vela à janela na noite de Natal, esta
quarta-feira, no âmbito da campanha ‘10 Milhões de Estrelas – Um Gesto
pela Paz 2014’.
“Trata-se de fazermos todos, enquanto sociedade, uma manifestação
pública de paz”, considera o presidente da Cáritas Portuguesa sobre a
adesão a esta campanha que se realiza pela 12ª edição.
Eugénio Fonseca revelou também o desejo de ver “nas janelas portuguesas
um sinal claro de adesão aos valores da paz”, expresso simbolicamente
pela vela que tem o valor de um euro.
A Cáritas tem também à venda um pack de quatro velas, por quatro euros, que inclui um presépio para colorir.
Num comunicado enviado hoje à redação da Agência ECCLESIA, a Cáritas
Portuguesa adianta que este é o gesto que “expressa a vontade” dos
portugueses quererem contribuir para “uma sociedade mais justa e
solidária” para que a paz possa “ser uma realidade”.
65% do valor adquirido com a comercialização das velas são as dioceses
que administram projetos sociais com enfoque na pobreza infantil e os
restantes 35% são para ajudar as crianças que vivem em campos de
refugiados no Médio Oriente.
O objetivo da instituição é vender este ano “mais de 1 milhão de velas”.
“O Natal é para todos, tem de tocar o coração e não pode ser um
anestesiante para a minha consciência. Devíamos reduzir o muito de
consumo que contraria os valores desta época e traduzir em favor
daqueles que não podem comprar bens essenciais”, disse Eugénio Fonseca
numa entrevista à Agência ECCLESIA sobre esta campanha e sobre a solidariedade em tempo de Natal.
Responsável explica campanha «10 milhões de estrelas», da organização católica
O presidente da Cáritas Portuguesa
disse que a solidariedade que contagia muitos cidadãos no tempo do Natal
deve ter presente a “dignidade e o respeito pela privacidade das
pessoas”.
“É preciso dar sentido ao Natal”, apela Eugénio Fonseca, numa
entrevista à Agência ECCLESIA em que alerta para as iniciativas que não
se enquadram no “sentido próprio do Natal” e até “o contrariam”.
Para o responsável não se devem transformar os “pobres em ricos” apenas
no Natal, com o “frigorífico cheio” que durante o ano “se vai
esvaziando até não ter nada”, porque as pessoas “não têm necessidades”
só nesta quadra.
Nesse sentido, e a nível paroquial é aconselhado que quem promove
campanhas específicas neste tempo não pense na “lógica daquilo que
parece ser bem” mas que “pode não ser o necessário” e procurem
informar-se com o grupo que “conhece a realidade social da paróquia”.
“O Natal é para todos, tem de tocar o coração e não pode ser um
anestesiante para a minha consciência. Devíamos reduzir o muito de
consumo que contraria os valores desta época e traduzir em favor
daqueles que não podem comprar bens essenciais”, desenvolve Eugénio
Fonseca.
O presidente da Cáritas Portuguesa explicou a campanha «10 milhões de estrelas», que se repete neste Natal, em todo o país.
“Não é o preço que valorizamos, o valor desta vela é o que queremos que
as pessoas percebam. Esta vela tem um preço elevado mas tem um valor
inestimável”, disse
O responsável explicou que com esta ação, promovida há 12 anos, se
pretende que as famílias digam aos seus vizinhos na noite de Natal, “a
quem passar na rua”, que têm “preocupações com a solidariedade, com a
justiça” porque só desta forma “pode haver harmonia”.
Para participar é necessário adquirir uma vela, por um euro, ou um pack
de quatro velas, por quatro euros, que inclui um presépio para colorir.
“65% são as dioceses que administram em projetos sociais embora o
enfoque esteja na pobreza infantil que é das famílias onde estão
integradas. Os outros 35% vão para ajudar as crianças que estão em
campos de refugiados no Médio Oriente, nos diferentes conflitos que
existem”, explica o presidente da Cáritas Portuguesa.
Eugénio Fonseca destaca que são formas de “pobreza diferente” e apela à
aquisição das velas da campanha «10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela
Paz», ou outras, para que se acendam à janela de casa a partir das
20h00 do dia 24 de dezembro.
“Depois um gesto de solidariedade porque há muita pobreza encoberta que vive ao nosso lado”, observou.
A solidariedade no tempo que antecede o Natal ganha mais expressividade
entre os portugueses, “uma intensificação muito forte de gestos e
iniciativas”, mas que depois “diminui muito”.
As pessoas que têm estes gestos de caridade têm de ter a “convicção
muito esclarecida” de que não é em favor da sua imagem, do seu
protagonismo empresarial, de “ficar bem com a sua consciência” mas o
protagonista é o outro, “aquele para quem o Natal aconteceu”.
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