Presidente da organização diocesana sublinha consequências da crise económica
O presidente da Cáritas Diocesana de
Viseu revelou à Agência ECCLESIA que a instituição católica continua
atenta às consequências do atual contexto social e económico que agravou
as condições de quem já tinha “grandes carências”.
“Verificamos situações de pobreza extrema em que as pessoas que já se
encontravam em grandes carências têm tido cada vez mais dificuldades
económicas e consequentemente a desestruturação familiar, em muitos
casos o consumo de álcool, a violência doméstica”, revela José Fernando
Pereira Borges num artigo publicado no mais recente Semanário ECCLESIA,
com um dossier dedicado à Diocese de Viseu.
O responsável destaca também as situações de “pobreza encoberta, os
novos pobres” que pertenciam à classe média e, agora, em situação de
desemprego “não têm dinheiro para pagar a renda, hipotecas e a aquisição
de bens essenciais”.
Os idosos em situação de isolamento e “cada vez mais fragilizados”, os
jovens sem projetos de vida e “muitas vezes caindo na marginalidade, no
consumo de drogas” e o trabalho com as minorias e o “seu processo de
inclusão social” são outras realidades que a Cáritas Diocesana de Viseu
identifica como prioritárias da sua atividade.
Para ajudar as diversas carências e necessidades identificadas, José
Fernando Pereira Borges explica que ajudaram “milhares de pessoas”,
nomeadamente em termos económicos, como: “O pagamento de rendas em
atraso; o apoio na medicação; óculos entre outros produtos; ajuda em
bens alimentares e bens básicos para a sua sobrevivência”.
A promoção e o desenvolvimento social foi outra das áreas que a Cáritas
Diocesana de Viseu “investiu fortemente” através de respostas sociais,
que promoveram a educação, a formação e a procura de emprego, com o
apoio do Atendimento Social; o Centro Comunitário; a Equipa
Multidisciplinar do Rendimento Social de Inserção; o Projeto Escolhas
Acertadas.
Entre outros programas e projetos o responsável da instituição católica
revela que está a “dinamizar” o reforço e a organização dos grupos
sócio caritativos nas paróquias da diocese para “melhorar a rede de
sinalização, apoio e acompanhamento de situações problemáticas”.
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