"Peregrinavam sem finalidade, talvez como muitos de nós que vimos a Fátima."

“Nem sabiam de Jesus nem tinham razões para sorrir à vida. Sabiam a doutrina e recordavam a história, mas faltava-lhes viver a experiência com Jesus, vivo e ressuscitado”, afirmou D. Ilídio na homilia que pronunciou , em Fátima, no encerramento do "Fátima Jovem 2014”, olhando os discípulos de Emaús.
“As experiências dos outros não lhes serviam de nada. Faltava a experiência do coração. Peregrinavam sem finalidade, talvez como muitos de nós que vimos a Fátima: passear, simplesmente. Sem perguntar nada, sem escutar nada, sem esperar nada”, recordou o prelado, diante do Evangelho deste Domingo, que lembrava a experiência dos discípulos de Emaús.
Contrapondo a atitude dos discípulos, antes e depois do encontro com Jesus, D. Ilídio apontou “como foi bem-sucedida esta peregrinação, descrita no Evangelho de hoje! O Senhor Jesus fez-se companheiro de viagem destes dois peregrinos e eles ultrapassaram, com êxito, todos os medos, tristezas e descrenças!”
E desafiou os jovens e restantes mais de 4.000 peregrinos presentes a que “a Palavra de cada Domingo não nos passe totalmente ao lado”, porque “só o que entra no coração e se acolhe, se ama e se aprofunda, é que alimenta a vida e se torna fonte de sentido e de esperança”, devendo ser tema das nossas conversas com os outros.
“Encontros, movimentos, peregrinações – de carro ou a pé – são experiências que, se não marcam a vida, dando-lhe sentido, profundidade e orientação, são quase inúteis e depressa se tornam indiferentes”, afirmou, acrescentando que “não podemos ler e escutar a Palavra de Deus como um romance”, pois “a Palavra de Deus e a Eucaristia, em cada Domingo, são alimento para opções e orientações, fomentadoras de decisões que darão autenticidade e profundidade ao ser e viver cristão, em cada situação concreta”.
“Como Maria, cada cristão é chamado a ouvir Deus na Sua Palavra,  e é convidado a responder com a alegria e a determinação de Maria, no “Faça-se em mim, segundo a Tua Palavra”, afirmou D. Ilídio desafiando os presentes a reagirem como aos discípulos de Emaús: - “juntar-se ao grupo, ser parte viva da Igreja e estar prontos a dar razões da Fé e da Alegria em seguir o Ressuscitado”.

“Caríssimos jovens e todos vós, amados irmãos em Cristo, ouvi bem a Sua Palavra e acolhei o Seu amor! Deixai aquecer o coração com os propósitos que Ele sugerir! Tornai-vos líderes e animadores de uma Pastoral que seja fermento, fomentadora e distribuidora de pão, de paz e de amor a todos!”, propôs D. Ilídio, ao concluir.


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