Na passada Sexta-feira,
dia 16, como tínhamos anunciado, realizou-se, no Auditório do
Seminário, a conferência/debate sobre “O Trabalho e a Família”.
O Bispo diocesano, D. Ilídio
Leandro, autarcas, empresários e dirigentes sindicais juntaram-se a mais
umas largas dezenas de outros participantes, para escutarem o Professor
Braga da Cruz, que a todos deliciou com uma brilhante reflexão sobre a
evolução do papel da Família ao longo dos séculos e a forma como a
Igreja foi dando as suas orientações, através de importantes e
diversificados documentos sobre a matéria. Apesar de todas as alterações
e problemas por que as Famílias têm passado, elas continuam a ser a
instituição em que os europeus mais acreditam, a base da sociedade, onde
as crianças iniciam as suas primeiras relações, a sua socialização
primária, fundamental para o seu desenvolvimento e construção da sua
personalidade, referiu Braga da Cruz, realçando também o inegável papel
da Igreja nesta primeira socialização.
O orador referiu ainda que, nestes tempos de crise, as Famílias têm sido
um antídoto ao flagelo social do desemprego, unindo-se em torno dos
seus membros afectados por tão doloroso problema, bem como tentando, num
ato de solidariedade e caridade, criar postos de trabalho que minimizem
os seus efeitos. Na opinião deste brilhante académico, é urgente que a
Família passe a ser o sujeito das políticas públicas e não o seu
objecto. Se assim for, as mulheres portuguesas terão possibilidade de
ter mais filhos, como demonstraram ambicionar num inquérito feito
recentemente. No final da palestra, foram colocadas algumas questões pela assembleia, mostrando a actualidade, pertinência, premência e necessidade de aprofundarmos esta temática para que possamos voltar a colocar a Família no lugar que lhe é devido. Nunca o apelo de S. João Paulo II na Familiaris Consortio foi tão urgente e atual: “Família, torna-te aquilo que és!”
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