Bispo assina Carta para o ano pastoral 2013-2014
D. Ilídio Leandro desafiou as
comunidades católicas da diocese a terem uma atitude “missionária” e
capaz de acolher “todas as pessoas que batam à porta” da Igreja.
A posição é assumida por D. Ilídio Leandro na carta para o ano
pastoral 2013-2014, com o título ‘O Sínodo Diocesano. Em Comunhão para a
Missão: participar e testemunhar’, enviada hoje à Agência ECCLESIA.
Segundo o responsável, todas as paróquias devem “ter, divulgar e
distribuir às pessoas” – também às “ausentes” e às que vivem nas
“periferias” – as propostas de cada comunidade.
Nesse sentido, o bispo de Viseu convida os católicas a formarem uma
“comunidade acolhedora e caritativa para todas as pessoas que, mesmo não
fazendo parte, estão em situação de carência e de necessidade material,
seja de forma habitual ou circunstancial”.
“Tenhamos bem presente: o serviço missionário nas ‘periferias’ da
nossa missão pastoral – necessário e urgente – somente resulta se não
descuidamos o poder e a capacidade do fermento ativo na ação com todos
os que são chamados a vir e a ver o testemunho dos que creem”,
acrescenta.
D. Ilídio Leandro quer que as paróquias apresentem à população “um
caminho de aprofundamento da fé e da vida cristã” no qual se deixe claro
que ser cristão “não é cumprir leis e sujeitar-se a imposições”.
“Ser cristão e fazer parte da Igreja é aderir a uma Pessoa e ser
membro de uma Comunidade. É escolher Jesus como o Salvador e aderir à
Igreja como a Comunidade dos que seguem Jesus – os cristãos”, precisa.
O prelado projeta o século XXI como “o século da interioridade e do
discernimento das opções mais válidas”, numa sociedade “cheia de
experiências dúbias de valor e muito vazias de esperança”.
“É bom e desejável que qualquer pessoa possa aprofundar a sua relação
com Jesus e aperceber-se do modo de acreditar e de viver dos cristãos
que fazem parte da Igreja, na comunidade concreta”, deseja.
O bispo de Viseu alude em particular aos que batem à “porta da
Igreja”, “pedindo ou exigindo, por vezes sem condições e sem paciência”,
para sublinhar que “o acolhimento que se faz e a resposta que se dá são
sinais essenciais e decisivos”.
“Devemos imaginar tudo o que pode ter ocasionado a distância, a
frieza e a revolta – tantas vezes com culpas da própria instituição
eclesial – para semelhantes reações”, observa.
A Carta Pastoral fala também num “momento decisivo” do Sínodo
(iniciado em 2010) que a diocese está a promover, pedindo o “maior
interesse, empenho e dedicação de todos os cristãos, nestes dois
próximos anos”.
“Enquanto vamos fazendo e percorrendo o caminho que nos está a ser
oferecido – preparando, refletindo e aprovando propostas a apresentar à
Assembleia Sinodal – iremos, também, unidos como ‘Igreja em missão’ no
século XXI, viver, anunciar e testemunhar a Fé, fazendo-o sempre ‘em
comunhão para a missão’”, refere D. Ilídio Leandro.
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