«A Igreja pode acreditar nos jovens, o mundo pode acreditar nos jovens cristãos», realça D. Ilídio Leandro
D. Ilídio Leandro, vogal da Comissão Episcopal do Laicado e Família, considera que
as Jornadas Mundiais da Juventude no Rio de Janeiro mostraram uma nova
geração desejosa de “transformar o mundo”.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, o prelado realça que saiu do
encontro com a convicção de que “a Igreja pode acreditar nos jovens, o
mundo pode acreditar nos jovens cristãos e que os jovens cristãos não
deixam por mãos alheias os créditos que lhes vêm da fé”.´
D. Ilídio Leandro fez parte da comitiva lusa que marcou presença no encontro, composta por cerca de 700 jovens e nove bispos.
O responsável católico destaca o ambiente de “muita animação”, de
“muita festa” que dominou o certame entre 23 e 28 de julho, o
acolhimento prestado ao Papa Francisco, que “se sentiu em casa”, e a
adesão massiva dos jovens, que acorreram ao Brasil vindos de todos os
continentes.
“Não foi um show brasileiro, os brasileiros conseguiram animar um
show mundial”, sublinha o bispo, recordando a multidão “sem fim” que
acorreu à missa final da JMJ, na Praia de Copacabana.
“Ver todos os bispos na zona do altar, no palco preparado para a
eucaristia, às 6h00 da manhã a saltar e a cantar movimentados pelos três
milhões e meio de jovens que estavam por aquela praia abaixo foi de
facto um espetáculo não dos brasileiros mas dos cristãos”, reforça o
prelado.
Para Ilídio Leandro, “a participação de Portugal”, apesar de “nada
comparável” em termos numéricos com a jornada de Madrid em 2011 - onde
estiveram mais de 15 mil jovens - “foi muito boa”, tendo em conta o
“momento atual”, com todas as “dificuldades” provocadas pela crise.
“Muitos grupos começaram logo a seguir a Madrid a preparar o Rio de
Janeiro, na angariação de fundos necessários, mas também psicológica e
espiritualmente”, sublinha o membro da Comissão Episcopal do Laicado e
Família, elogiando o “trabalho feito pelos jovens e animadores”.
Um dos aliciantes presentes no programa do grupo português no Brasil
foi a possibilidade dos peregrinos confraternizarem com as comunidades
lusas radicadas no território.
Neste âmbito, o Departamento Nacional de Pastoral Juvenil promoveu
uma Lusofesta, que contou também com a participação de jovens
provenientes de diversos países lusófonos, como Angola e São Tomé e
Príncipe
Comentários
Enviar um comentário