«Vós sabeis o que aconteceu…»

«Vós sabeis o que aconteceu…» Segundo D. Ilídio, “está aqui o centro da Fé cristã. E todos diríamos, com Pedro: Sim, «Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez»; «Deus ressuscitou-O ao terceiro dia»; «Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos»; «Quem acredita n’Ele recebe, pelo Seu nome, a remissão dos pecados».
“Esta é a síntese da novidade que despertou os Discípulos de Jesus, que os fez saltar do seu medo e desilusão e que os levou a iniciar a Missão que Jesus lhes tinha confiado. Não fora o Sacramento do Espírito Santo – que os ajudou a compreender tudo o que Jesus lhes tinha ensinado – e a Páscoa tinha ficado em Jerusalém e tinha terminado com a descoberta do Sepulcro vazio, como lamentou Maria Madalena, triste e amargurada por não ter encontrado o corpo morto de Jesus… Porém, como disseram os Anjos às mulheres, no Evangelho da Vigília Pascal: «Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui, ressuscitou».
Com a vinda do Espírito Santo, tudo muda: abrem-se as portas do Cenáculo e os Apóstolos vão anunciar a todos a Páscoa do Senhor. Entendem as Escrituras e percebem que Jesus tinha anunciado a Sua própria ressurreição, ao terceiro dia. Apresentam-se, sem medo e cheios de alegria, a testemunhar a ressurreição de Jesus, dizendo que Ele está vivo. Não têm dúvidas: Ele é o único nome pelo qual se pode obter a salvação e quem acredita, recebe a remissão dos pecados…
Há dois mil anos, “aí começou a missão da Igreja… Começa na Páscoa e anuncia a Palavra de Deus, viva e eficaz; anuncia Jesus Cristo, presente como a Cabeça da própria Igreja. Palavra e Jesus Cristo presentes, sobretudo na Eucaristia, a Páscoa realizada cada semana. Vive o amor fraterno como o mandato e o distintivo que confirmam a verdade de tudo o que Jesus viveu e ensinou. Nós somos a Igreja, hoje”, recordava D. Ilídio, na celebração do Dia de Páscoa.
“Cada Cristão – Papa, Bispo, Sacerdote, Diácono – é isto que é chamado a anunciar, onde quer que esteja e qualquer que seja a sua tarefa na Igreja… Cada Cristão – Leigo, Religioso ou vivendo qualquer Caminho vocacional na Igreja – é isto que é chamado a viver e, pelo seu testemunho, a proclamar e a apresentar-se como exemplo…”, recordava o Bispo.
E concluía, afirmando que “a nossa Missão é levar esta Boa Nova a todos os nossos irmãos, de modo a que a nossa vida seja um Catecismo para todos e encontrem em nós, verdadeiras testemunhas da Ressurreição de Jesus Cristo”, para que ela “transforme todos os corações, renove todas as pessoas e o mundo deixe de ser palco de guerras, de ódios, de vinganças, de sofrimentos, de injustiças, de desigualdades e passe a ser a Casa comum de todos os que Deus ama e pelos quais entregou o Seu Filho como libertação de todos”.

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