O Papa Francisco
recebeu hoje os cumprimentos do presidente da República Portuguesa e da
restante delegação que acompanhou no Vaticano a missa inaugural do seu
pontificado.
No fim da eucaristia, acompanhada por milhares de pessoas na Praça de
São Pedro, o Papa argentino dirigiu-se à Basílica de São Pedro ao
encontro de 132 delegações oficiais, incluindo a portuguesa, liderada
pelo presidente Aníbal Cavaco Silva, e de representações de várias
Igrejas cristãs e outras religiões.
O presidente da República Portuguesa, acompanhado pelo ministro dos
Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e por vários elementos da embaixada
portuguesa junto da Santa Sé, teve ocasião de felicitar Francisco e de
fazer-lhe um convite “formal” para que venha a Portugal.
Cavaco Silva, já em Roma, tinha revelado aos jornalistas o desejo de
receber o Papa argentino no país em 2017, para celebrar com os fiéis
portugueses, no Santuário de Fátima, o centenário das aparições de Nossa
Senhora, na Cova da Iria.
“Todos sabemos que em 2017 teremos o centenário das aparições de
Fátima e recordo que pelo menos os dois últimos Papas, e em particular
João Paulo II, manifestaram uma grande ligação a Nossa Senhora de
Fátima. Numa data tão especial, desde já digo que me parece provável que
o Papa Francisco não queira deixar de estar presente”, afirmou.
O presidente português espera que Francisco, de 76 anos, venha a
Portugal também como chefe de Estado, como sucedeu com Bento XVI em maio
de 2010.
No seu contacto com representantes políticos e religiosos de todo o
mundo, o Papa argentino teve a oportunidade de dialogar brevemente com
31 chefes de Estado, seis soberanos reinantes, três príncipes herdeiros e
11 chefes de Governo.
A maior delegação internacional presente foi a do país natal do Papa,
liderada pela presidente Cristina Kirchner, que já tinha realizado uma
audiência privada com o sucessor de Bento XVI esta segunda-feira.
No que diz respeito ao mundo lusófono, destaque para a presença dos
líderes políticos do Brasil, com Dilma Rousseff, de Timor Leste, com
Taur Matan Ruak, de Angola, com o vice-presidente Manuel Domingos
Vicente, e de Moçambique, com a ministra da Justiça Benvinda Levi.
A missa inaugural do pontificado de Francisco foi também acompanhada
por representantes da Europa, como a chanceler alemã Angela Merkel, o
presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, o
primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, e os príncipes Felipe e
Letícia, de Espanha.
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