Presidente da Comissão Episcopal satisfeito com o desenrolar do 7.º simpósio nacional que decorreu em Fátima.
O presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios (CEVM)
espera que o próximo Ano da Fé (outubro de 2012-novembro de 2013),
proclamado pelo Papa, tenha nos sacerdotes “protagonistas” de eleição
para “despertar” a sociedade.
“Este ano vai ser um grandíssimo contributo, a todos os níveis,
porque a Igreja tem constantemente de voltar a pensar que se não vive da
fé, para a transmissão da fé, pode falhar e falha com certeza na sua
missão”, referiu D. Virgílio Antunes à ECCLESIA, no final do 7.º
Simpósio Nacional do Clero.
Este responsável apelou a uma “pastoral da fé”: “As dioceses estão
muito empenhadas na elaboração de planos que vão levar o Povo de Deus a
dar passos muito significativos no conhecimento e na inteligência da sua
própria fé, também no sentido de descobrirmos os meios e as formas mais
adequadas para despertar aquilo que em muitas pessoas, concretamente na
sociedade portuguesa, está adormecido”.
“Os sacerdotes vão ser protagonistas, como são aliás dentro da vida da Igreja, normalmente”, prosseguiu.
O simpósio, que decorreu em Fátima desde terça-feira, reuniu cerca de
meio milhar de participantes em volta do tema ‘O Padre, Homem de Fé –
do Mistério ao Ministério’, numa organização da CEVM.
O bispo de Coimbra justifica a escolha do tema com o início do Ano da Fé, convocado por Bento XVI.
“Nós sacerdotes, que somos ‘profissionais’, não temos de dar por
adquirido o facto de sermos homens de fé, como se fosse um automatismo,
porque este é um caminho, um desafio de todos os dias”, sublinhou o
prelado.
Além de vários sacerdotes e teólogos, o simpósio contou com a
presença da cantora Teresa Salgueiro, ex-vocalista do grupo Madredeus,
da editora Zita Seabra, do presidente da Renova, Paulo Pereira da Silva,
e de Margarida Ataíde, da equipa de cinema do Secretariado Nacional da
Pastoral da Cultura e colaboradora da Agência ECCLESIA.
D. Virgílio Antunes explicou que a intenção de convidar “pessoas
diferentes” passou por “proporcionar uma visão o mais completa possível”
do mundo “concreto e real”, em confronto com uma “linguagem diferente”
da eclesial e eclesiástica.
“Há uma doutrina que a Igreja tem sobre o sacerdócio, o exercício do
seu ministério, a configuração com Cristo e os documentos não faltam,
mas também temos interesse em conhecer o que o mundo de fora vê no
padre”, observou.
O dia final do simpósio incluiu a conferência ‘O padre, peregrino da fé’, do cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo.
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