Semana do Migrante

Decorre, de 12 a 19 de Agosto, a Semana Nacional de Migrações, marcada pela Peregrinação a Fátima, do Migrante e Refugiado, e pelo 50º aniversário deste serviço especializado da Igreja aos Migrantes. A propósito da 40ª Semana Nacional de Migrações, D. Ilídio Leandro emitiu uma Nota Pastoral, que publicamos na íntegra, para conhecimento de todos e, muito especialmente, dos Migrantes, a quem é dirigida, como carinhosa saudação, exprimindo solícita atenção pastoral:
Celebra-se, de 12 a 19 de Agosto deste ano, a 40ª Semana Nacional de Migrações, com a Peregrinação a Fátima, do Migrante e do Refugiado, a ter lugar nos próximos dias 12 e 13. O tema de reflexão desta Semana que marca o 50º aniversário deste Serviço da Igreja é: “Celebrar a Memória para Projectar a Nova Evangelização do Futuro”.
Na Mensagem que escreve para esta Semana, o Papa parte de uma afirmação de Paulo VI que, na Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, escreveu no nº 14: “Anunciar Jesus Cristo, único Salvador do mundo, constitui a missão essencial da Igreja, tarefa e missão, que as amplas e profundas mudanças da sociedade actual tornam ainda mais urgentes”. Justifica este tema afirmando que “a hora presente chama a Igreja a realizar uma nova evangelização inclusive no vasto e complexo fenómeno da mobilidade humana, intensificando a acção missionária tanto nas regiões de primeiro anúncio, como nos países de tradição cristã”.
O Santo Padre não se esquece de referir o que todos sentimos, afirmando que “o nosso tempo está marcado por tentativas de cancelar Deus e a doutrina da Igreja do horizonte da vida, enquanto ganham terreno a dúvida, o cepticismo e a indiferença, que gostariam de eliminar toda e qualquer referência social e simbólica da fé cristã”, mas lembra que “o actual fenómeno migratório é também uma oportunidade providencial para o anúncio do Evangelho no mundo contemporâneo”.
Os tempos que vivemos nos vários países da Europa e do Mundo convidam a uma atenção especial a todas as pessoas que, para vencer dificuldades, ousam a emigração, enfrentando reais e novas situações difíceis. Os cristãos sabem como a vida é uma migração permanente, em peregrinação de procura por lugar e experiência definitivos. Acolher, integrar, partilhar, ajudar, dialogar, respeitar são gestos e atitudes que comunicam confiança, anunciam esperança e evangelizam culturas e mentalidades, gerando comunhão e construindo família.
Saudando todos os migrantes do nosso tempo, de maneira especial os que saem de Viseu ou entram para viver e trabalhar nesta nossa Diocese, saúdo e agradeço a acção do nosso Departamento Diocesano das Migrações e da Mobilidade Humana. Também neste sector, a Igreja de Viseu é chamada a ser Casa e Escola de Comunhão para todos e com todos, na vivência e testemunho da mesma Fé.

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