Início no Domingo dia 10 de novembro e Encerramentono Domingo dia 17 de novembro de 2019, DIA MUNDIAL DOS POBRES.
1.Uma Semana de Oração pelos Seminários
Diocesanos, pelos seminaristas, formadores dos novos padres, e a
celebração do Dia Mundial dos Pobres, como nos pede o Papa Francisco.
Ao olhar para o nosso Seminário
Diocesano e vendo nele também uma Instituição pobre de candidatos à
vocação sacerdotal, também eu peço ao Senhor que cuide de nós nesta
pobreza. Também o Seminário Diocesano é um pobre entre os pobres.
Somos um povo que recebeu a graça do
Sacramento do Batismo, para viver na fidelidade e na fé um caminho de
santidade. Somos um povo chamado a uma vocação na Igreja, por isso
responsável pela promoção de novas vocações sacerdotais.
Um povo que ama o Seminário Diocesano
como espaço indispensável para a formação de novos pastores e para a
visibilidade da Igreja local. Uma Diocese sem Seminário, sem
seminaristas, é uma Diocese pobre e necessitada de pastores que cuidem
dela.
Uma Igreja que quer fazer de cada
família um viveiro vocacional e de cada paróquia um pequeno Seminário
onde brotem novas vocações sacerdotais. Uma comunidade que escuta a
Palavra de Deus, que reza, que promove uma cultura vocacional e partilha
com as necessidades dos Seminários, tem vocações
2.O Seminário Interdiocesano de São José em Braga, acolhe os alunos das Dioceses de Bragança-Miranda, Guarda, Lamego e Viseu.
A nossa Diocese tem neste Seminário
Maior cinco seminaristas, num conjunto de 208 paróquias que constituem a
nossa Igreja. Os seminaristas são a esperança e o futuro do presbitério
de uma Igreja particular. Temos poucos seminaristas e não podemos
cruzar os braços. Faltam no mundo atual famílias boas, bem formadas,
para termos jovens bons e santos. Faltam valores na nossa sociedade e na
família para continuar a ser o espaço natural onde surgem as vocações.
3.A crise das vocações surge no mundo de
hoje marcado pela indiferença e pela falta de compromisso, não sendo
por isso favorável o aparecimento de novas vocações, pois a Igreja
envolvida em dificuldades precisa de renovação e conversão. Precisa de
inovação e de dinamismo pastoral que favoreça uma verdadeira cultura
vocacional.
As estatísticas atuais da crise das
vocações sacerdotais na Europa são assustadores e na nossa Diocese falam
por si mesma. O momento é de reflexão, avaliação e decisão sobre a
importância e atualidade do Seminário e das vocações sacerdotais. O
tempo não é para desanimar, parar ou criticar, mais do que ficar na Rua
das Lamentações e do Desanimo, é preciso o empenhamento de todos num
criterioso dinamismo vocacional. As portas estão abertas para entrar na
Avenida da Confiança e da Esperança, pois a consciencialização de que
somos um povo chamado a viver o Sacramento do Batismo como caminho de
santidade, é a base de toda a pastoral vocacional. Só Jesus é capaz de
animar o nosso agir vocacional: “A messe é grande, mas os trabalhadores
são poucos, pedi ao Senhor da messe que envie trabalhadores para a sua
messe”. Estas palavras de Jesus não perderam atualidade, pois de novo o
“Senhor encheu-se de compaixão pela multidão, pois vive como ovelhas sem
pastor”.
4.Ao olhar para o horizonte da nossa
Diocese, de cada paróquia, de cada movimento, o Bispo, primeiro
responsável pelas vocações na Diocese, convida os sacerdotes, os
diáconos, os consagrados e os leigos a promoverem em cada comunidade uma
cultura verdadeiramente vocacional. Sem pastores, como havemos de
conduzir o povo de Deus que nos está confiado às fontes da água viva?
Não podemos ignorar o trabalho pastoral do dinamismo juvenil e
vocacional que nos foi confiado. Não podemos fechar os olhos, nem tapar
os ouvidos pois o Senhor continua a chamar. Este é um tema que não
podemos negligenciar, pois nenhum batizado pode ficar indiferente. As
vocações sacerdotais e a importância do Seminário na vida de uma Diocese
é um assunto sério, urgente e fundamental, porque a sua vitalidade é
que define a saúde da instituição que chamamos de “coração da Diocese”.
5.Esta Semana dos Seminários e este Ano
Pastoral dedicado ao Sacramento do Batismo deve levar ao coração dos
adolescentes e dos jovens, de modo especial aos que estão inscritos no
Seminário em Família e no Pré-Seminário uma oportunidade para fazer um
discernimento feliz na escolha da vocação sacerdotal.
Eu acredito que a experiência nas nossas
paróquias, nos grupos de adolescentes e jovens em preparação para o
Crisma, nos que já receberam o sacramento do Crisma, nos grupos de
Catequese, nos grupos dos Acólitos, nos grupos de Jovens, nos grupos de
Oração de Taizé, nos grupos dos Convívios Fraternos, nos grupos do
Escutismo Católico, na Pastoral Juvenil, na Pastoral Vocacional e na
Pastoral do Ensino Superior, na Pastoral Familiar e outros espaços de
vida cristã haja batizados tocados pela graça de Deus no dom da vocação
sacerdotal. Tenho uma convicção firme, de que se nós quisermos, podemos
fazer algo de mais e melhor pelos adolescentes e jovens, propondo-lhe a
vocação sacerdotal como ideal de vida. Não tenhamos medo de lhe dizer:
Deus chama-te, não tenhas medo de responder sim. Jesus espera a tua
generosidade para servires o povo de Deus. Todos temos que rezar mais,
trabalhar melhor na pastoral juvenil e vocacional, para a nossa Igreja
Diocesana ser enriquecida por mais vocações sacerdotais, diaconais, de
consagração e laicais.
Imploremos o aumento das vocações
sacerdotais. Em cada comunidade, uma vocação. Por isso rezamos e
partilhamos o nosso pão material para ajudarmos a missão do Seminário na
formação de novos pastores. Confio o trabalho dos nossos párocos,
formadores do Seminário e Seminaristas à proteção da Rainha dos
Apóstolos, de São Teotónio e da Beata Rita Amada de Jesus.
+ D. António Luciano,Bispo de Viseu
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