Referindo-se às Aparições de
Nossa Senhora em Fátima, D. Ilídio lembrou que “estamos a celebrar o 1º
centenário de um Facto que se tornou, logo desde o início, um Grande
Acontecimento.”
“Ainda hoje, passados 100 anos, o
sentimos nosso contemporâneo e muito importante. O Facto que refiro teve
no centro a abertura do Céu sobre Portugal – com as aparições do Anjo e
de Nossa Senhora que, através de 3 crianças – Lúcia, Francisco e
Jacinta – trouxeram uma Revelação importante para todo o Mundo e para
toda a Igreja”, referiu D. Ilídio, diante de uma assembleia de fiéis,
que enchia a Catedral, mobilizada para uma celebração diocesana do
Centenário das Aparições.
“Vinda do Céu, esta Revelação só poderia
ser Amor e Misericórdia, isto é, Amor Misericordioso para dizer quanto
Deus nos ama e quanto Deus quer que nos amemos uns aos outros”, afirmou,
esclarecendo que “quem, do Céu, nos veio trazer esta importante
Mensagem, foi a Mãe – a Mãe de Jesus que, desde o Calvário, Jesus
tornou, também, nossa Mãe. Desde essa hora, a Mãe de Jesus e nossa Mãe
nunca deixou de nos amar, de nos ter no coração, de nos querer, de forma
terna e apaixonada”, concluiu.
Felicitando o Movimento da Mensagem de
Fátima da nossa Diocese de Viseu que, ao longo dos anos, tem sido
mensageiro de Maria e intérprete da Sua Mensagem, mobilizando o apoio
aos peregrinos, “a quem quer ir até à Casa da Mãe”, para que o possam
fazer em condições de saúde, de segurança e de fé, D. Ilídio agradeceu
também o trabalho e a disponibilidade dos filiados no Movimento da
Mensagem de Fátima no apoio aos Peregrinos de Nossa Senhora de Fátima:
“Obrigado, pelo que sois e pelo que fazeis nesta Diocese de Viseu, que
“chamada, no passado mês de Outubro, a ir a Fátima agradecer toda a Sua
proteção mediadora, no Sínodo realizado e agradecer a Visita que, na Sua
imagem nos fez, no mês de Maio do ano passado, correspondeu com
inexcedível prova de amor filial e de religiosa gratidão”.
Aproveitando “o belo exemplo do Apóstolo
Filipe referido na 1ª leitura da celebração, “guiando o desconhecido
etíope que lia a Escritura e caminhava na estrada sem entender o sentido
do caminho”, D. Ilídio ensinou que “O sentido do caminho é apresentado
nas leituras de hoje pelo Profeta, pelo Espírito Santo que confirma a
Palavra proclamada e pela Eucaristia celebrada que é Jesus Ressuscitado.
Ele torna-Se, connosco e para nós, o Caminho, a Verdade e a Vida”.
Adiantou, depois, que “toda e qualquer
peregrinação que tenha Deus e o Céu por Fontes da Mensagem, é uma
Peregrinação de amor, de paz, de anúncio de felicidade” e “peregrino é
todo aquele que procura essa Mensagem, que a ouve quando é comunicada e
se põe à escuta do outro que, no mesmo caminho, a procura e a escuta”.
Referindo-se à Mensagem de Fátima, D.
Ilídio disse que ela “é muito clara: a Mãe de Deus é, também, nossa Mãe.
Ela vem do Céu, vem de Deus e convoca para a oração; apela à conversão;
pede a transformação da vida; suplica o amor a Deus e o amor aos irmãos
e, muito especificamente, pede o amor aos das periferias – aos
pecadores e a todos os pequeninos”.
Concluindo a sua homilia, recordou que
“a mística da Mensagem que vem do Céu é sempre centrada no amor – a Deus
e aos irmãos”. “Este é o centro da Mensagem de Fátima, do Evangelho e
da vida cristã. Este deve ser o centro da vida de todos os cristãos e
filhos de Deus”, esclareceu.
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