DIOCESE: D. Ilídio, em Sexta-feira da Paixão- “vida humana vale a vida de Deus”

“São de hoje os sofrimentos de Jesus nas pessoas que, em tantos lugares do mundo, morrem, em guerras, em atentados terroristas e de tantas outras formas, todos os dias…” Assim iniciou D. Ilídio a sua homilia na celebração da Paixão do Senhor, às três horas da tarde de hoje, na Catedral, cheia de fiéis.
 Neste dia de Sexta-feira Santa, aprendemos que “através da morte do Seu Filho, Deus diz o valor e o sentido da vida humana; porque toda a vida humana é inviolável, pois cada uma é salva pela morte de Deus. Tanta morte pela falta de sentido para a vida…”, lembrou D. Ilídio, recordando “tanto desprezo pela vida, pela falta de sentido para a morte… Na realidade, só respeita a vida quem tem sentido para a morte e quem descobre que a vida é de Deus e volta para Deus”.
“Tantas guerras, tantos atentados, tanto terrorismo, tanta injustiça, tanto sofrimento imposto injustamente…” são motivo para avivarmos a convicção de que a Redenção que Jesus consumou, continua actuante, em cada dia, “para que tenham vida e vida em abundância”. “Vida com qualidade, esperança, futuro. Futuro que garante a eternidade”, lembra D. Ilídio, recordando o que Jesus diz: “Eu sou o Pão da vida. Quem come deste Pão, viverá eternamente e ressuscitará”.
 Realçando o Mandamento Novo de Jesus, “Mandamento do Amor”, D. Ilídio pergunta “até onde deve ir o amor? Jesus responde, na entrega de Si, quando diz: “ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos” e, com autoridade, afirma: “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (cf Jo 15, 12-13).”
“O amor a Deus e aos irmãos”, “mandato de Jesus”, faz perceber qual é a “Grande Causa que vale a Sua vida – nós e o nosso futuro; hoje, é dia de aprender qual deve ser a nossa causa – amor a Deus e aos irmãos”, concluiu, explicando que “é dia de perceber que o Reino é vida, justiça, paz, amor”.
Considerando esta Sexta-feira Santa um dia de gratidão, esclareceu que “Tudo se deve ao amor de Deus que, em Jesus, deu a vida por nós. Continua a dá-la, pois Ele vive nos irmãos, na Palavra e na Eucaristia. Verdadeiramente, ressuscitou, está connosco e quem acredita n’Ele tem a vida eterna”, concluiu.

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