Francisco foi o primeiro a atravessar, seguido pelo Papa emérito Bento XVI
O Papa presidiu hoje,
solenidade da Imaculada Conceição, à abertura da Porta Santa da Basílica
de São Pedro, dando início ao 29.º Jubileu da Igreja Católica.
"Abri-me as portas da justiça", pediu Francisco, no breve ritual que
decorreu no fim da Missa a que presidiu na Praça de São Pedro, antes de
empurrar as portas, fechadas desde o Jubileu do ano 2000.
O Papa foi o primeiro a atravessar a Porta Santa, recolhendo-se depois
em oração durante alguns momentos, em silêncio, sendo seguido pelo Papa
emérito Bento XVI, que se deslocava com o apoio de uma bengala e ajuda
do seu secretário pessoal.
Francisco falou num gesto "simples mas altamente simbólico".
Após a passagem do Papa emérito, atravaessaram cardeais, bispos e
representantes de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, em
procissão até ao túmulo de São Pedro.
Este gesto simbólico vai repetir-se em todas as dioceses do mundo no
domingo seguinte e o próprio Francisco Papa vai presidir à Missa com a
abertura da Porta Santa da Basílica de São João de Latrão, Catedral de
Roma, a 13 de dezembro, III Domingo do Advento.
A cerimónia, que reuniu dezenas de milhares de pessoas na Praça de São
Pedro, teve início às 09h30 locais (08h30 em Lisboa), com transmissão
mundial.
"Entrar por aquela Porta significa descobrir a profundidade da
misericórdia do Pai que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de
cada um. Neste Ano, deveremos crescer na convicção da misericórdia",
pediu o Papa Francisco, na homilia.
A intervenção lamentou a "injustiça" que se faz a Deus quando se
afirma, em primeiro lugar, que os pecados são "punidos pelo seu
julgamento", sem colocar em primeiro lugar, pelo contrário, que "são
perdoados pela sua misericórdia".
"Que o cruzamento da Porta Santa nos faça sentir participantes deste
mistério de amor. Ponhamos de lado qualquer forma de medo e temor,
porque não se coaduna em quem é amado; vivamos, antes, a alegria do
encontro com a graça que tudo transforma", apelou.
Até hoje houve 26 anos santos ordinários e dois extraordinários (anos
santos da Redenção): em 1933 (Pio IX) e 1983 (João Paulo II).
O anúncio deste Jubileu da Misericórdia aconteceu a 13 de março, no
Vaticano, quando o Papa explicou que a iniciativa nasceu da sua intenção
de tornar “mais evidente” a missão da Igreja de ser “testemunha da
misericórdia”.
Informação e entrevista a Juan Ambrosio sobre o Jubileu da Misericórdia.
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